Primeiramente, se você caiu de paraquedas nesse blog e tá achando que isso aqui é algum tipo de texto romântico que contém alguma frase em potencial pra você postar nas suas redes sociais pra você pagar de apaixonado(a) poeta, SUMA DAQUI. Na boa. Vai CAGÁR. Aqui é só raiva, ressentimento, arrependimento, pesar, baixa autoestima, entre outros sentimentos ruins.
Mais um ano de vida se aproxima e, como sempre, eu não amadureço. Sou o mesmo menino de treze anos que ouve Iron Maiden o dia inteiro e se arrepia com o riff de Flight of Icarus. Que chora assistindo Yu Yu Hakusho. A MESMÍSSIMA PESSOA. A idade está chegando; as ressacas já estão cobrando com juros muito mais altos que antes; as coisas divertidas de outrora já viraram dolorosas obrigações. Mas não aquelas obrigações como ir para o trabalho (essas são explicitamente chatas). Me refiro a obrigações ainda mais cruéis. Coisas que eu amava fazer e que, atualmente, eu tento fazer no meu raríssimo tempo livre (em que não estou sendo explorado como um burro de carga) mas, ao tentar, acabo percebendo que não suporto mais fazê-las. Resumindo: nem o que teoricamente eu gosto de fazer, eu gosto de fazer. Até o que me sempre me agradou, hoje me causa agonia.
Pouquíssimas coisas ainda me causam uma sensação de contentamento. Há poucas semanas, em função do trabalho, tive que ir a um clube que costumava frequentar na minha infância e adolescência. Dos meus sete aos meus dezesseis anos, aquele clube me trouxe muitos momentos felizes, pelos quais sinto uma forte nostalgia. Ao retornar à esse lugar (quase dez anos depois, a trabalho), me senti muito mal. O chão, as piscinas, o cheiro... tudo me lembrava aquela época em que fui muito feliz sem saber. Nesse tempo, o simples fato de entrar na quadra antes de começar a jogar futebol já me causava uma euforia filha da puta. Uma felicidade que chegava a ser agoniante. Saber que eu estava prestes a jogar horas e horas seguidas de futebol com meus amigos era algo que me animava muito. Hoje o que restam são só isso: memórias entristecedoras. Nada mais é capaz de causar essa euforia. Drogas chegam perto, mas não alcançam nem 10% do que eu sentia na época.
Entre as pouquíssimas coisas que ainda me deixam feliz, estão o álcool, o cigarro e, em POUCOS casos, sexo (com mulheres, que fique bem claro para BAITOLAS de plantão).
Todas essas coisas, no dia seguinte, são infernais. Me arrependo de todas quando acordo.
Acabo me envolvendo com mulheres (geralmente universitárias de 18 a 23 anos) de forma breve e superficial. É óbvio que não vou querer ter nada mais sério com essas imundas do mundo moderno, cujos cérebros só conseguem assimilar bizarrices como "SEU AMOR ME PEGOOOU" ou "VAI SENTAAAR, VAI SENTAAAAAAAAAR". Só servem como um alívio momentâneo, afinal, somos animais burros e presos à carne. Precisamos meter a rola de vez em quando.
Assim está sendo há muito tempo. Merdas acontecem e vez ou outra alguma acaba ficando apaixonada. Aí é uma merda pra lidar e me safar da situação. Nada que eu não consiga resolver com boas doses de falsidade e cinismo. Modéstia à parte, estou ficando bom no negócio. Mas recentemente algo me FUDEU completamente.
Comecei a ficar com uma mulher aí. Nada demais. Universitária, 20 e poucos anos, bonita e festeira. NADA DEMAIS. Uma pessoa normal. O combinado (que nunca foi combinado verbalmente, apenas de forma implícita) era sair, beber, ir pra casa (minha ou dela) e transar. Algo consideravelmente cansativo, mas que tinha seus pontos positivos (como por exemplo os cinco segundos de orgasmo). No outro dia, era cada um no seu canto. No máximo um "e aí, como tá a ressaca?" e TÁ ÓTIMO. Mais carinho que isso, vá caçar sua turma. Foda-se.
Um dia, as coisas foram longe demais. Como sempre, bebi pra caralho. Quando começo a ficar bêbado, meu cérebro começa a se sentir mais confortável com a existência e começa a gostar daquela situação. Automaticamente me sinto obrigado a beber mais pra prolongar esse raro momento de tranquilidade. Só que nesse dia, as coisas foram além da conta. Bebi PRA CARALHO. Não me lembro de muita coisa. Só sei que acordei na casa dessa mulher, na cama dela. Olho pro relógio e estou ATRASADÍSSIMO pro trabalho. Coisa de meia hora. Me desespero e, num pulo, saio da cama e começo a vestir a roupa do dia anterior pra ir trabalhar. Aos poucos percebo que tô mal pra caralho. Tenho sinusite e, às vezes, ela ataca com tudo. A mulher acorda lentamente. Explico a situação. Ela se oferece pra me dar carona. O pobretão aqui tem uma conta na poupança na qual deposita tudo que ganha pra SEI LÁ O QUE e não gasta com nada. Poderia ir a uma concessionária amanhã e sair de lá com um carro zero, mas não o faço porque seria BURRICE. Gastar dinheiro em vão pra agradar outras pessoas. Tô muito bem do jeito que tô, guardando tudo que ganho. Obviamente ela (nem ninguém) não sabe da existência dessa conta. Pro mundo (e pra garota), sou só um pobre que não tem carro e anda de Uber pra lá e pra cá.
Ao oferecer a carona, ela deu uma ideia: faltar no serviço e ir para o Pronto Atendimento da Unimed. Assim, eu me safava da bronca que levaria do chefe e, de quebra, trataria da minha sinusite que tava foda pra caralho. Humilhado (por ser levado de carro por uma mulher), aceitei. Ainda que o carro tenha sido um presente do pai dela (ou seja, fruto do trabalho de um homem), me senti diminuído. Uma mulher dirigir um carro enquanto um homem está no banco do carona é algo HUMILHANTE e ponto final. Foda-se quem discorda.
Eu esperava que ela fosse me deixar na porta da Unimed e fosse VAZAR. Dali pra frente eu me virava. Consulta com o médico, receita médica e um atestado generoso pra ficar um ou dois dias de molho, longe da iniciativa privada e do capitalismo que suga almas e acaba com a saúde de jovens recém-formados. De quebra, eu estava praticamente sem voz, o que já ajudava muito no teatro para convencer o médico de que eu era um pobrezinho.
Só que ela entrou no estacionamento do hospital com o carro e me acompanhou durante toda a merda. Desde a recepção, passando pela triagem, até a consulta. Algo que demorou em torno de meia hora. Aí que veio a merda.
Nessa altura do campeonato, já devia ter uns dois meses que a gente transava. Como já disse, eu não tinha intenção nenhuma de ter nada sério, ainda mais por ser uma menina universitária baladeira. Só que como TUDO DÁ ERRADO, eu percebi o quanto estava fudido nesse momento.
Eu estava na triagem (local em que uma enfermeira pergunta o que você está sentindo, mede sua pressão arterial, temperatura, e te dá mais ou menos um direcionamento pra qual médico vai te atender), e ela na recepção. Mais ou menos uns quinze metros de distância. Nesse momento, ela tava mexendo no celular e CAGANDO pra mim. Obviamente aquela era uma situação comum. Uma pessoa levando um idiota que perdeu a hora na Unimed pra ele conseguir um atestado e não ser demitido. Era como eu (e provavelmente ela) enxergava a situação até então. Aí que veio a merda. Quando eu olhei pra ela, sentada na recepção, mexendo no celular, com aquele puta cabelo comprido jogado no ombro, já planejando o resto do dia com as amigas (era o início de um fim de semana), eu levei uma porrada.
Veio aquele nó na garganta e eu me deparei com um sentimento horroroso. Me dei conta do quando gosto dela e quero ficar perto dela. Foi uma daquelas situações em que o tempo passa mais devagar. Tudo fica em câmera lenta. Ela ali, sentada, olhando pro celular... uma cena irretocável, como uma pintura. Os cabelos lisos, compridos, loiros, caídos sobre a pele branca. Algo inesquecível e terrivelmente belo. Cruelmente encantador. Dolorosamente viciante. Ficaria ali por dias olhando aquela cena, sem tirar nem pôr.
Só pra ficar claro: isso não tem NADA A VER COM ELA. Ela não tem nada de especial. O fato de eu ter começado a sentir algo é só fruto das minhas próprias frustrações e inseguranças a respeito de mulheres. Isso somado ao fato de eu ter uma mãe extremamente fria e autoritária, que não me deu muito carinho na infância. Provavelmente essa carência e insegurança acumuladas me fizeram desabar ao me deparar com uma mulher fazendo uma boa ação pra mim. Resumindo: eu me apaixonei pelos meus próprios medos e falhas. Ela foi só um meio pra eu chegar nessa paixão.
Obviamente ela não sabe disso. Ou por acaso você tá achando que eu sou alguma espécie de BICHA que sai por aí se declarando pros outros? Pelo amor de Deus. Você só pode estar de BRINCADEIRA COM A MINHA CARA. Não me faça atravessar a tela do computador e te dar porrada na sua própria casa, seu ESTRUME.
Nunca vou contar isso pra ela. O que ela espera de mim é exatamente o que eu deveria esperar dela. Noites cheias de álcool, que terminam em sexo. Manhãs distantes, em que eu acordo e sumo da frente dela. Dias e mais dias sem se falar, até que nos encontramos em algum bar novamente pra repetir a dose.
É foda. Mulher é algo diabólico. NUNCA SE ENVOLVAM COM MULHER NENHUMA. Essa é a dica que deixo aqui para a posteridade. Sei que é foda enxergar um problema quando você nunca passou por ele e apenas ouve outro cara falar dele. Mas tentem mentalizar o quanto isso é nocivo e saiam dessa enquanto há tempo. O encantamento que elas causam na gente é muito forte justamente porque não vem delas, e sim de nós mesmos. Nossos próprios sentimentos de pequenez acabam nos tornando um terreno fértil para paixões e outros sentimentos de CHORÕES NECESSITADOS. No fim, é tudo egoísmo e narcisismo. A pessoa pouco importa. O que importa (pro nosso inconsciente burro e vil) é estar pensando que alguém deveria nos estar dando carinho e amor o tempo todo. Isso vem traduzido em forma de paixão, e é colocado pelo nosso cérebro de uma forma em que a mulher é o centro de isso tudo. NÃO É. Ela é só um ser humano. Algo ilusório dentro da nossa cabeça nos faz acreditar que ela é a fonte de todo esse sentimento. NÃO É.
Não sou nenhum palhaço e já analisei toda a situação. Vou conseguir me safar dessa e sairei praticamente ileso. Algumas memórias ruins e arrependimentos pra vida toda, mas nada muito sério. Comparado com o que eu já sinto a respeito de mim mesmo, tá tranquilo. Vai ficar tudo bem (justamente porque vai ficar tudo mal no fim). Se no fim da vida tudo vai terminar mal (em morte e tristeza), nada que acontece em vida pode ser tão ruim.
Espero que esse sentimento saia de mim o mais rápido possível, pois é algo tenebroso e assustador de ser sentido.
Não se apaixonem.
Grande abraço.
Asilo Existencial
quinta-feira, 17 de maio de 2018
quinta-feira, 4 de maio de 2017
Carta ao passado: o que eu diria para mim mesmo se eu pudesse voltar 10 anos no tempo.
O motivo desse texto é simples: eu teria sofrido muito menos se eu tivesse lido esse post 10 anos atrás. E já que, por causa do meu podcast, eu atinjo alguns jovens dessa idade (dos 15 aos 19 anos), vou escrever algumas merdas aqui. Só burrice e cagação de regra COMO SEMPRE.
O mundo moderno está completamente estragado e não há saída, só vai piorar. A família tradicional, enquanto instituição, está EM FRANGALHOS, prestes a cair num precipício e segurando-se apenas pelo dedo mindinho, dedinho este que está NESSE MOMENTO sendo pisado sadicamente por um globalista gordo, capitalista e estranhamente narigudo. Ambos, homem e mulher, tiveram seus espíritos quebrados pela MODERNIDADE (feminismo, consumismo, indústria cultural, liberalismo, capitalismo, marxismo cultural e um etc. praticamente infinito). Recadinho rápido pro ateu que acabou de ler "espírito" e já ficou toda ouriçada, morrendo de vontade de me ENSINAR que Deus não existe; louca para me iluminar com toda sua experiência e sabedoria de moleque de 18 anos: com "espírito" eu não me refiro necessariamente a nada de religioso ou sobrenatural, sua MULA. Me refiro a arquétipos; marcas ou impressões (como um carimbo) que a natureza já deixa no seu inconsciente antes mesmo de você nascer, para que, mesmo que ninguém te ensine, você saiba minimamente qual é seu papel nesse mundo, ou seja, coisas que você consegue aprender sozinho, de forma intuitiva. Para o pensamento religioso, arquétipo é a "vontade" que Deus teve ao criar os seres humanos; uma espécie de "ordem" dada pelo criador no momento da criação, ou seja, como ele queria que o homem se comportasse, de maneira geral. Essa "ordem" está dentro de cada um e se repete o tempo todo (ainda que, muitas vezes, não possamos senti-la), e isso é o que faz o homem se comportar como tal. Para a psicologia, arquétipo é uma espécie de modelo; uma estrutura psíquica inata a todo ser humano, ao redor da qual a psique se molda. Recomendo muito o livro do Carl Jung, Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo, se você quiser entender melhor do que se trata. Sou um grande burro e o risco de eu ter explicado mal pra caralho é enorme.
Ainda que tudo conspire contra (filmes de Hollywood, livros, músicas pop tipo Miley Cyrus ou Nicki Putaj), o ser humano ainda tem essa "vontade primordial", dentro de si. É por isso que a feminista mais radical do mundo fica derretida e com vontade de se submeter quando se depara com um HOMEM. É por isso que até o maior viado desse planeta vai reagir com uma agressividade bestial se sua vida estiver realmente ameaçada. É por isso que até o "guerreiro da real" mais revoltado e misógino vai se meter na frente de uma mulher desconhecida na rua para protegê-la, em caso de tiroteio. É por isso que a solteirona prafrentex que decidiu que "não precisa ter filhos para se sentir completa" acaba criando vários animais de estimação para poder (ainda que de forma patética) exercer seu potencial materno. É por isso que temos medo do escuro. É por isso que criancinhas ficam encantadas ao ouvirem histórias de heróis que, sozinhos, venceram um exército inteiro. É por isso que todos os seres humanos, de todos os cantos do mundo, sonham com as mesmas situações (estar voando/flutuando, tentar correr e não conseguir, estar nu em público, etc.). É por isso que até o mais cético dos ateus se pega olhando para as estrelas e se perguntando qual é o propósito disso tudo, com a nítida sensação de que existe algo além da morte. Existe um pedaço de você que é comum a todas as pessoas, e esse pedaço dita uma grande parte dos seus comportamentos e da maneira como você capta e interpreta o mundo ao seu redor. Esse inconsciente coletivo é imutável e existe desde os tempos mais remotos.
Apesar de ainda estar presente, essa "imagem original" está abafada e escondida na mente do homem e da mulher moderna. Imaginem uma fotografia em perfeitas condições que, ao ser colocada em uma impressora com defeito, é reproduzida cheia de borrões e imperfeições. A foto original continua lá, intacta. O que estraga o produto final (e sua aplicação prática no mundo) é a impressora. Nós somos a impressora e o defeito é a modernidade. Não consigo achar definição mais adequada do que A HUMANIDADE ESTÁ COM DEFEITO. É por isso que tem tanto mongol com foto de anime no Facebook. É por isso que "Imagine Dragons" é uma banda mundialmente conhecida. ENTRE OUTRAS BIZARRICES.
O que acontece quando as informações recebidas durante a vida (sejam elas ensinadas por pais incompetentes, escola, faculdade, amigos, filmes, músicas, livros) são OPOSTAS à nossa natureza; INCOMPATÍVEIS com as memórias enraizadas na parte mais profunda do nosso inconsciente?
Um estado permanente de confusão.
Nunca houve na humanidade uma geração tão perdida e tão deprimida quanto a atual. Não temos grandes guerras, não passamos fome, temos acesso irrestrito à informação, temos bens de consumo, temos várias opções de carreiras profissionais e, mesmo assim, somos tristes e campeões em suicídio. Nunca houve tantos viciados em drogas e em outras formas de escapismo. Essa é a prova de que a plenitude está em qualquer lugar, MENOS nas coisas materiais. Esperamos da vida coisas que ela não pode dar. Até mesmo a RELIGIÃO (que seria uma forma de entender o motivo de tudo e nos conectarmos com esse motivo) tornou-se uma forma de escapismo: basta ir em qualquer igreja evangélica e observar o baixíssimo nível intelectual e espiritual. As pessoas que estão na igreja não entendem absolutamente nada do que a religião deveria ser. Você não vai ver nada além de pessoas a fim de sentirem-se confortáveis com a própria fraqueza; gado em busca de um pastor para guiá-lo. Por que você acha que, de 100 anos pra cá, surgiu todo esse culto às personalidades (principalmente na música)? Pessoas que não conseguem viver o que suas almas pedem e precisam buscar essas vivências de outras formas. No momento em que ouvem a letra da música (que retrata o que essa pessoa queria ser/fazer), ela, de certa forma, "vive" aquilo por alguns minutos, e isso traz uma certa sensação de realização.
Ao se esquecer das coisas realmente importantes (nação, tradição, SANGUE, guerra, domínio, religião), o homem passou a viver buscando simulações dessas coisas (filmes de ação, batalhas ridículas pelo facebook, disputa pelo emprego mais lucrativo, etc.).
A busca por uma explicação pra tudo TAMBÉM É parte desse inconsciente coletivo e, ao viver em um mundo envenenado, o pobre ser humano mata essa "vontade" de respostas com coisas vazias de sentido: o workaholic fissurado pelo "crescimento profissional"; o nerd que passa o dia inteiro jogando; o maconheiro que só vê graça em algo se estiver drogado, o coitado de QI baixo cuja vida se resume a procurar sexo casual; o "cidadão do mundo globalizado" cujo hobby é viajar pelo mundo, fazendo viagens cada vez mais superficiais e menos prazerosas; a feminista baladeira que libera a xoxota pra qualquer vagabundo, mas no fundo queria ser cuidada e verdadeiramente amada; o evangélico mongol que só não é mais raso porque não tem como; o niilista que se escora na máxima "nada faz sentido" pra não se sentir mal com sua própria cretinice e fraqueza; imbecis que passam a vida discutindo acerca de qual modelo político seria menos pior pra conduzir a população; crianças irritantes (feministas e "guerreiros da real" que, no fundo, são a mesma coisa) que culpam o sexo oposto pelo próprio fracasso. Tenha raiva de tudo e todos, mas não aquela raiva ressentida, TÍPICA DE BRASILEIROS. EU ODEIO O BRASIL. EU ODEIO O PAÍS EM QUE NASCI. EU ODEIO VOCÊS. Tô rindo pra caralho enquanto escrevo isso. A "raiva" que quero dizer é mais um desprezo de quem conhece profundamente e aceita a própria desgraça e insignificância e, consequentemente, enxerga isso no resto da humanidade. Todos são desprezíveis até que se prove o contrário.
Seja mais estoico, não sofra por aquilo que não tem remédio. Encare as merdas da vida como o viking que, no passado, ao navegar por águas desconhecidas em uma embarcação meio fodida, gargalhava ao se deparar com o início de uma tempestade que, possivelmente, tiraria sua vida. FODA-SE TUDO. Dessa maneira, você não vai ter a necessidade de arrumar MULETAS para se sentir menos merda e, consequentemente, não vai precisar mais participar de grupo nenhum. Apenas duas coisas podem advir de quem se importa demais com o que pode dar errado (e as duas coisas culminam em inércia e uma vida medíocre):
1 - colocar a culpa de ter dado errado em outrem e, como muleta, se tornar uma merda patética: "maldito patriarcado que me impede de X", ou "maldita sociedade feminista que não reconhece meu valor";
2 - colocar a culpa de ter dado errado em si mesmo e, como muleta, virar niilista pra poder dizer "ah, nada faz sentido mesmo).
O mundo, quando esteve no seu auge, foi feito por homens audaciosos, ambiciosos, inconsequentes e sanguinários, sedentos por luta e poder. Esses caras TINHAM noção do quanto suas vidas eram insignificantes e descartáveis, a menos que realizassem algum feito notável. Dos navegadores que saíram de Portugal e acabaram encontrando o Brasil, mais da metade morreu em tempestades no meio do oceano. Pense em quantos milhões morreram em guerras, na tentativa de provar seu valor como homens. A ideia moderna de "direitos humanos", que dá valor a qualquer vida só pelo fato de ela existir, deixou os homens preguiçosos. Se você aprendeu desde pequeno que tem que ser valorizado e respeitado SÓ POR SER UMA PESSOA, as chances de você se esforçar pra alcançar algo grandioso são menores que o seu micro-pênis.
Acostume-se com a ideia de que você não é nada além de suas ações. Você é apenas aquilo que você tem a oferecer pro mundo. O que você faz de bom? PERGUNTE PRA SI MESMO: EM QUAL ATIVIDADE EU SOU BOM PRA CARALHO? O que me deixa desgraçado da cabeça é ver esses caras exigindo aprovação feminina porque "eu estudo, faço faculdade, trabalho, não sou promíscuo, sou de direita, sou cristão" QUER COMER MEU RABO POR ISSO TAMBÉM, SEU CARA DE CU? Isso aí é o BÁSICO do BÁSICO. Não tem nada demais. É como fazer um filme e o grande diferencial desse filme ser "o filme é legendado". Ter legenda é o básico, bicho. Pra isso já existem milhões iguais a você. Seja FODA em alguma coisa fora do básico. Ser bom pra caralho em algo vai te tornar desejável. Por acaso tu já viu o músico mais famoso da sua cidade ficar sem mulher? Ou o maior porradeiro lutador de jiu-jitsu sem uma gostosa do lado? Ou o advogado mais pica da região reclamar que não esfola uma xoxota há 6 meses? Até mesmo ser um traficante de merda te traz destaque social e, com isso, mulheres. Você nunca vai ser querido só por ser quem você é (a não ser pela sua mãe e sua vó, mas NEM ISSO é garantido), e sim pelo que você tem a oferecer. Invista milhares de horas em coisas que vão te trazer algum retorno em vez de gastar seu tempo com merdas que você usa pra escapar da realidade. Se o que eu tô dizendo não faz sentido pra você, paciência. Vá pra puta que o pariu. Para de ler o post. SEI LÁ, FAZ O QUE QUISER.
Não se revolte contra essas superficialidades isoladas (a esquerda, o feminismo, o capitalismo, o globalismo, a música moderna que é uma merda), simplesmente REJEITE completamente o mundo moderno como um todo. Não seja progressista, o "progresso" só trouxe desgraças. Não seja conservador, pois não há no mundo atual NADA a ser conservado. Seja a favor da destruição total da civilização. Caminhe sobre as ruínas. Contemple o fim do qual a humanidade, com milhares de anos de existência, está se aproximando. VOCÊ VIVEU PRA VER ISSO. No momento em que você aceitar DE VERDADE que o mundo é assim e pronto, aí sim você vai estar pronto pra começar sua vida. Quem não consegue ver a beleza (e as grandes oportunidades) dessa época trágica, que vá pro o raio que o parta.
Seja sua própria companhia, não dependa de grupos. Só fracos precisam se juntar com outros fracos para sentirem que aquilo que acreditam está correto. Eu consigo entender o que causa esse comportamento de bando que alguns têm (Real, MGTOW, etc.) mas não considero algo válido, nem sequer minimamente aceitável. Sei que é um exemplo clichê pra cacete, mas imagine hienas e leões. Quem anda sozinho e quem anda em bando? Quem é o rei e quem são os vermes carniceiros? Perante o mundo moderno, o homem deve ser como um leão, escondido na vegetação, mas pronto pra atacar. Observando tudo com cuidado e analisando a hora mais oportuna de investir com todas as forças, mesmo que uma falha custe sua vida. Se você tem 15 anos de idade e usou esses grupos como ponto de partida pra conhecer certos assuntos, tudo bem. Depois disso, segue seu rumo SOZINHO, como deve ser. Não pertença a nada.
Lembre-se sempre disso, a caminhada é solitária. Talvez com alguns colegas do lado, mas são só colegas. Em uma situação extrema, eles te matariam sem pensar duas vezes pra salvar a própria pele e vice-versa. Não, seu "melhor amigo" não é seu amigo.
Se prender a grupos vai te transformar num cara ressentido, com o olhar viciado, limitado e sem contato com a realidade, delirando porque acha que todos os problemas vem de um só lugar. Os problemas não vêm de lugar nenhum. A VIDA É O PROBLEMA. A VIDA É A LUTA EM SI. VIVER É SE FUDER. A menos que você vá se matar amanhã, você está no jogo, querendo ou não. Ter a necessidade de se reunir em um grupinho de caras que pensam igual a você é como sair na chuva com medinho da tempestade e fazer um abraço grupal com seus amigos pra ficar mais difícil do vento te derrubar. Se erga sozinho, estufe o peito e enfrente a tempestade com um sorriso psicopata no rosto. A dor é a porta para a glória e a satisfação. Se você sente falta de uma direção, um norte para seguir melhorando cada vez mais, não precisa fazer parte dessas boy-bands virtuais (só tem caras com nomes fakes de gringos e fotos de modelos musculosos). Vou deixar algumas recomendações de sites e livros no fim do post.
Adotando para si esse arquétipo do herói, do azarão pobretão Zé Ruela que MATA NO PEITO e toma para si a responsabilidade, mesmo estando contra todas as estatísticas, você consegue transitar por qualquer atividade sem se tornar um escravo daquilo. Você se torna verdadeiramente dono de si mesmo. Você acha que a história de Davi e Golias aconteceu de verdade? É só uma ilustração de como deveria ser a postura de um homem perante a maluquice que é a vida. Postura de LOUCO. Três pedrinhas na mão pra brigar com um gigante? FODA-SE. Tô dentro. Se der certo, você será lembrado para sempre. Se der errado e você viver, vai ser uma experiência FODA. Se der errado e você morrer, GAME OVER. Simples.
A vida é uma grande loucura. Ninguém sabe exatamente quando, por que e principalmente COMO ela surgiu. Como, há mais de 1 bilhão de anos, algumas COISAS de repente se tornaram SERES? É uma pergunta que, por si só, é suficiente pra ocupar a mente de qualquer um por muitos e muitos anos. A vida se resume a terror, luta, perigo e morte (e talvez, MUITO talvez, glória).
A manutenção da existência de TODAS as formas de vida no planeta Terra depende DIRETAMENTE da morte de outras formas de vida.
Tudo na natureza se auto-destrói, é a lei da vida. A natureza não é bela, muito menos harmônica. O Universo baseia-se em CAOS. Apenas a VONTADE aplicada corretamente à realidade pode trazer algum tipo de ordem. Se qualquer animal, vegetal ou fungo tivesse a capacidade, ele acabaria com todas as outras formas de vida do planeta. Os humanos só são mais eficientes nisso. Seja lá quem criou o modo como esse sistema funciona, ele criou dessa maneira. Tudo se destruindo para prosseguir se duplicando e existindo. No fundo, nada realmente mudou desde os primeiros organismos unicelulares da Terra: lutando a cada segundo para, quem sabe, conseguir se duplicar e passar seus genes pra próxima geração.
A qualquer jovem que se sinta perdido: acabe com essa agonia com a CERTEZA DE QUE VOCÊ ESTÁ PERDIDO. A vida é uma tragicomédia e o propósito dela é se arriscar ao máximo, viver da maneira mais intensa que puder (não confunda isso com a viadagem grotesca de "viver intensamente" dos livros de auto ajuda, por favor, hein). A vida é um grande brinquedo (desses de shopping) que mede a força do soco do sujeito: TENS UMA CHANCE. Dê o soco mais forte que puder e VAZA dali pro próximo infeliz da fila dar o soco dele, e assim por diante. Se o seu soco for forte pra caralho, seu nome vai ficar no "Highscore" por um tempo e, QUEM SABE, por toda a eternidade.
SITES FODAS:
http://www.returnofkings.com/
http://legio-victrix.blogspot.com.br/
http://www.jack-donovan.com/axis/
https://thuleanperspective.com/
(se você deixar de ler algum deles porque está em inglês e você tem preguiça, por favor, saia e nunca mais clique em nada do que eu publicar na internet)
LIVROS FODAS:
Carl Jung - Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo
Oswald Spengler - A Decadência do Ocidente
Nietzsche - Além do Bem e do Mal
Julius Evola - Revolta Contra o Mundo Moderno
Nessahan Alita - O Profano Feminino
OBS: joguei uma sequência de livros meio "nada a ver", mas essa é a intenção. Depois de ler todos, você vai saber por onde se aprofundar mais.
OBS²: sim, você consegue achar todos em pdf na internet, seu MÃO DE VACA.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
O porquê de eu saber que vou virar mendigo algum dia
Esse será um dos textos mais chatos, sem criatividade e entediantes da história da internet. Não leiam.
A quantidade de contentamento que eu consigo tirar das coisas está em queda livre desde o início da minha adolescência. A cada ano que passa, tudo fica mais chato e difícil de ser feito, ao ponto de que me sinto profundamente estressado e frustrado com a mísera cogitação de realizar qualquer coisa, inclusive iniciar esse post. Lembra daquela sensação boa que tínhamos na infância, que geralmente precedia uma atividade prazerosa? Excitação, entusiasmo, ansiedade... não sei qual palavra define perfeitamente esse sentimento. Não sei se é um processo natural, mas isso foi sendo arrancado de mim aos poucos, até chegar no dia de hoje, onde o gozo e a intenção de permanecer vivo são residuais. A crescente certeza de que estou vagando nesse universo infinito pra absolutamente nada me traz uma sensação horripilante.
Obviamente, a sociedade em geral - e o show de horrores que o ocidente se tornou - também é um problema, porém muito menor se comparado à gigantesca sensação de falta de sentido. É claro que ter nascido na pele desse cara medíocre e fadado ao fracasso me intriga e incomoda bastante. A minha vida pessoal é uma piada de mau gosto em todos os sentidos e eu não estou contente com isso, mas não são essas coisas que me causam o constante nó na garganta e a completa sensação de desamparo. Aceitar (e até achar engraçado) que sou um perdedor não é algo tão difícil assim. Deixando isso tudo de lado e, analisando as coisas de fora da minha animalidade, eu só consigo entender que tudo ao meu redor (tudo mesmo, dos móveis da minha casa até corpos celestes a trilhões de anos-luz) é extremamente absurdo. A realidade é um absurdo. Não me entenda mal, TODOS os seres humanos estão na mesma condição, não estou aqui me achando único. A diferença é que com os outros eu não me importo (ui que malvado). Não é questão de querer ser malvado, porra, é só a simples conclusão lógica de que não tem como eu me importar verdadeiramente com algo que eu não sinto. Eu só sinto o que EU sinto. Cada um lida com a sua própria merda. Empatia é o meu pau.
As pessoas fogem desse vazio, matando o tempo e doando suas vidas para outras pessoas de várias maneiras diferentes. Religiosos, "baladeiros" (me dei um tapa na cara agora por ter escrito essa palavra de merda), pais de família, viciados em trabalho, altruístas, não importa. No fim das contas, todos estão vivendo em função de outros seres humanos. Provavelmente é isso que traz a sensação de sentido, apesar de não existir literalmente um sentido (afinal, o que importa são as nossas impressões, pois são elas que criam a sensação de realidade, e não a realidade objetiva em si). No fundo, o sentido não existe, mas, pra essas pessoas, a sensação de que há um sentido é real e faz toda a diferença.
Quanto mais você vive para os outros, menos compreende a si mesmo e, por consequência, menos sofre. Você vai perdendo o contato com seu "eu interior" e acaba adormecendo certas percepções. É exatamente por isso que pessoas "normais" têm um choque tão grande quando se deparam com esse tipo de pensamento existencialista. Nas pessoas normais, que conseguiram se encaixar no esquema, o interruptor que acende essas dúvidas foi sendo cuidadosamente inutilizado ao longo do tempo e, atualmente, encontra-se completamente enterrado em algum canto obscuro do subconsciente. É por isso que não adianta tentar abordar esses temas com essas pessoas. A única coisa que você vai receber em troca é incompreensão. Algumas pessoas de bom coração, ao entrar em contato com esse tipo de assunto, vão te oferecer a baboseira espiritual que fez sentido pra elas, num raciocínio inocentemente sincero, que funciona mais ou menos assim: "se X funcionou pra mim, vai funcionar pra você também!". Essas pessoas NUNCA param suas atividades pra simplesmente pensar na vida. Até pra isso criou-se uma palavra com um sentido específico: tédio. Quando essas ideias e questionamentos estranhos começam a pintar na superfície da consciência, logo tratam de "arrumar algo pra fazer". Tá aí a necessidade do ditado religioso "mente vazia, oficina do diabo". Quem criou esse ditado, tinha a noção de que o ato de parar pra pensar no sentido das coisas é perigosíssimo; um buraco sem saída.
A busca por uma resposta definitiva e objetiva acerca do propósito da existência é uma batalha PERDIDA. Eu não penso dessa maneira porque acho bonito ou porque me esforço para ter tais ideias, muito menos porque tenho algum tipo de esperança na obtenção de respostas. Infelizmente, minha consciência só sabe funcionar dessa maneira e eu não tenho escolha alguma. Eu SEI que estou fadado a questionar, sem sucesso, as MESMAS COISAS, até a hora da minha morte. Quero deixar isso bem claro, pois, algumas pessoas, se achando as obtentoras da sabedoria, tentam me fazer desistir dessas ideias, com conclusões "lógicas" dignas de jardim de infância, do tipo: "você nunca vai achar resposta pra essas coisas, logo, o melhor é desistir e parar de pensar nisso", como se eu tivesse algum tipo de opção. ACREDITE, SE TIVESSE COMO DESISTIR E PARAR DE PENSAR NISSO, EU JÁ TERIA FEITO.
É claro que existem milhões de """""respostas""""" por aí. Coloquei várias aspas pra deixar claro que não são respostas de verdade. São subterfúgios cuidadosamente (ou instintivamente, vai saber) criados para tornar a existência menos dolorosa. Já tentei me jogar de cabeça em vários escapismos travestidos de """""respostas""""", e tudo que consegui foi me sentir ainda mais minúsculo e patético. Se você tem a capacidade de ouvir sons emitidos pela boca de um primata (ou decodificar símbolos desenhados em folhas de papel [a.k.a. livros] por um primata) e, com isso, sentir-se tranquilo acerca da imensidão do universo, meus sinceros PARABÉNS. Aproveite essa dádiva. Sim, crenças religiosas não passam disso: pessoas SEM A MENOR PISTA de qualquer coisa, dizendo coisas que aliviam a existência de outras pessoas que também não tem a menor ideia do que estão fazendo vivas. Religiões só foram criadas porque a existência é injustificável. A existência de religiões é a prova de que nada faz sentido e nós precisamos de uma história mirabolante para nos sentirmos à vontade. Se existir não fosse por si só uma absurdidade, as religiões não teriam motivo de existir. Ou talvez seja verdade aquela história de que somos programados pra fazer parte de uma tribo com apenas 150 indivíduos, e a religião seja um modo de driblar essa limitação humana, nos fazendo viver confortavelmente entre milhões de pessoas (desde que todas estejam sob um mesmo conjunto de regras, daí a necessidade de uma religião). SEI LÁ PORRA.
Voltando à fútil e egocêntrica mania de me incomodar com acontecimentos da minha vida pessoal, vou falar aqui algumas coisas que costumavam me incomodar muito e que hoje incomodam pouco ou não incomodam nada. Ver a minha mãe se desdobrando, ao tentar driblar o fato de eu ser um peso morto, sempre me machucou demais. Ver o esforço dela em trabalhar, cozinhar, limpar tudo e voltar pro trabalho pra sustentar um mongol (eu) sempre foi um dos combustíveis pra minha tristeza. Existem várias outras coisas que não vou dizer aqui pois me exporiam demais, mas que sempre me deixaram mal. Hoje, eu ainda consigo reconhecer minhas incapacidades e falhas, mas sinto cada vez menos culpa por elas. Minhas falhas ocupam uma porcentagem cada vez menor no espectro de coisas que me fazem mal e, eventualmente, essa porcentagem chegará a zero. Outra coisa que me deixava bastante preocupado e deprimido, era pensar no meu futuro. O fato de eu não saber se eu conseguiria me tornar um profissional reconhecido, com um salário decente e, consequentemente, se teria uma casa e um carro decentes, eram coisas que tiravam minha paz.
Imagine uma régua com um metro de comprimento. Essa régua representa minhas preocupações. Antigamente, 50cm eram dedicados às coisas de cunho pessoal (medo do fracasso, faculdade, relacionamentos, emprego, família, lazer), e os outros 50cm se encarregavam de questionar a existência e todas essas besteiras filosóficas. De uns tempos pra cá, a parte que se preocupava com minha vida pessoal está diminuindo exponencialmente, dando lugar à total falta de sentido. Creio que apenas 10cm da régua imaginária continue se importando com a bolha social na qual estou metido.
Eu ainda faço várias coisas em prol do meu "futuro". Me dedico o suficiente na faculdade, faço musculação com uma disciplina que beira o impecável, entre outras coisas. Esses atos são totalmente conscientes e forçados. Eu tenho noção de que estou fazendo isso pra nada. A longo prazo, nada vai ser recompensado. Tudo vai acabar. Mesmo assim, eu ainda dou andamento à minha vida, pelo seguinte motivo: eu sei que ainda vou me tornar um mendigo e morro de medo disso.
Tenho a nítida impressão de que ainda chegará o dia em que meu senso de consequência terá se reduzido a uma mera lembrança. Não mais me importarei se estou limpo, vestido, alimentado ou sob um teto. Tenho muito medo de chegar a tal ponto, no qual minha única ocupação será pensar na tremenda loucura que é estar vivo.
Se atualmente eu não tenho controle de uma grande parte dos pensamentos que ocorrem em minha mente, quem me garante que, no futuro, esse descontrole não aumentará? Quem garante que eu sempre vou ter a decência e a força pra obrigar a mim mesmo a fazer certas atividades?
Uma coisa é certa: ter esse tipo de consciência requer um luxo que eu nem sempre terei. Não vou ser sustentado por outra pessoa pra sempre. Um dia, vou ter que me virar. Estou certo de que vou continuar sem coragem para cometer suicídio e, caso eu perca a capacidade de me forçar a fazer coisas que não quero fazer, a única saída será morar debaixo da ponte.
A cada segundo que passa, estou um segundo mais próximo do meu inevitável destino de morador de rua.
Até mais.
A quantidade de contentamento que eu consigo tirar das coisas está em queda livre desde o início da minha adolescência. A cada ano que passa, tudo fica mais chato e difícil de ser feito, ao ponto de que me sinto profundamente estressado e frustrado com a mísera cogitação de realizar qualquer coisa, inclusive iniciar esse post. Lembra daquela sensação boa que tínhamos na infância, que geralmente precedia uma atividade prazerosa? Excitação, entusiasmo, ansiedade... não sei qual palavra define perfeitamente esse sentimento. Não sei se é um processo natural, mas isso foi sendo arrancado de mim aos poucos, até chegar no dia de hoje, onde o gozo e a intenção de permanecer vivo são residuais. A crescente certeza de que estou vagando nesse universo infinito pra absolutamente nada me traz uma sensação horripilante.
Obviamente, a sociedade em geral - e o show de horrores que o ocidente se tornou - também é um problema, porém muito menor se comparado à gigantesca sensação de falta de sentido. É claro que ter nascido na pele desse cara medíocre e fadado ao fracasso me intriga e incomoda bastante. A minha vida pessoal é uma piada de mau gosto em todos os sentidos e eu não estou contente com isso, mas não são essas coisas que me causam o constante nó na garganta e a completa sensação de desamparo. Aceitar (e até achar engraçado) que sou um perdedor não é algo tão difícil assim. Deixando isso tudo de lado e, analisando as coisas de fora da minha animalidade, eu só consigo entender que tudo ao meu redor (tudo mesmo, dos móveis da minha casa até corpos celestes a trilhões de anos-luz) é extremamente absurdo. A realidade é um absurdo. Não me entenda mal, TODOS os seres humanos estão na mesma condição, não estou aqui me achando único. A diferença é que com os outros eu não me importo (ui que malvado). Não é questão de querer ser malvado, porra, é só a simples conclusão lógica de que não tem como eu me importar verdadeiramente com algo que eu não sinto. Eu só sinto o que EU sinto. Cada um lida com a sua própria merda. Empatia é o meu pau.
As pessoas fogem desse vazio, matando o tempo e doando suas vidas para outras pessoas de várias maneiras diferentes. Religiosos, "baladeiros" (me dei um tapa na cara agora por ter escrito essa palavra de merda), pais de família, viciados em trabalho, altruístas, não importa. No fim das contas, todos estão vivendo em função de outros seres humanos. Provavelmente é isso que traz a sensação de sentido, apesar de não existir literalmente um sentido (afinal, o que importa são as nossas impressões, pois são elas que criam a sensação de realidade, e não a realidade objetiva em si). No fundo, o sentido não existe, mas, pra essas pessoas, a sensação de que há um sentido é real e faz toda a diferença.
Quanto mais você vive para os outros, menos compreende a si mesmo e, por consequência, menos sofre. Você vai perdendo o contato com seu "eu interior" e acaba adormecendo certas percepções. É exatamente por isso que pessoas "normais" têm um choque tão grande quando se deparam com esse tipo de pensamento existencialista. Nas pessoas normais, que conseguiram se encaixar no esquema, o interruptor que acende essas dúvidas foi sendo cuidadosamente inutilizado ao longo do tempo e, atualmente, encontra-se completamente enterrado em algum canto obscuro do subconsciente. É por isso que não adianta tentar abordar esses temas com essas pessoas. A única coisa que você vai receber em troca é incompreensão. Algumas pessoas de bom coração, ao entrar em contato com esse tipo de assunto, vão te oferecer a baboseira espiritual que fez sentido pra elas, num raciocínio inocentemente sincero, que funciona mais ou menos assim: "se X funcionou pra mim, vai funcionar pra você também!". Essas pessoas NUNCA param suas atividades pra simplesmente pensar na vida. Até pra isso criou-se uma palavra com um sentido específico: tédio. Quando essas ideias e questionamentos estranhos começam a pintar na superfície da consciência, logo tratam de "arrumar algo pra fazer". Tá aí a necessidade do ditado religioso "mente vazia, oficina do diabo". Quem criou esse ditado, tinha a noção de que o ato de parar pra pensar no sentido das coisas é perigosíssimo; um buraco sem saída.
A busca por uma resposta definitiva e objetiva acerca do propósito da existência é uma batalha PERDIDA. Eu não penso dessa maneira porque acho bonito ou porque me esforço para ter tais ideias, muito menos porque tenho algum tipo de esperança na obtenção de respostas. Infelizmente, minha consciência só sabe funcionar dessa maneira e eu não tenho escolha alguma. Eu SEI que estou fadado a questionar, sem sucesso, as MESMAS COISAS, até a hora da minha morte. Quero deixar isso bem claro, pois, algumas pessoas, se achando as obtentoras da sabedoria, tentam me fazer desistir dessas ideias, com conclusões "lógicas" dignas de jardim de infância, do tipo: "você nunca vai achar resposta pra essas coisas, logo, o melhor é desistir e parar de pensar nisso", como se eu tivesse algum tipo de opção. ACREDITE, SE TIVESSE COMO DESISTIR E PARAR DE PENSAR NISSO, EU JÁ TERIA FEITO.
É claro que existem milhões de """""respostas""""" por aí. Coloquei várias aspas pra deixar claro que não são respostas de verdade. São subterfúgios cuidadosamente (ou instintivamente, vai saber) criados para tornar a existência menos dolorosa. Já tentei me jogar de cabeça em vários escapismos travestidos de """""respostas""""", e tudo que consegui foi me sentir ainda mais minúsculo e patético. Se você tem a capacidade de ouvir sons emitidos pela boca de um primata (ou decodificar símbolos desenhados em folhas de papel [a.k.a. livros] por um primata) e, com isso, sentir-se tranquilo acerca da imensidão do universo, meus sinceros PARABÉNS. Aproveite essa dádiva. Sim, crenças religiosas não passam disso: pessoas SEM A MENOR PISTA de qualquer coisa, dizendo coisas que aliviam a existência de outras pessoas que também não tem a menor ideia do que estão fazendo vivas. Religiões só foram criadas porque a existência é injustificável. A existência de religiões é a prova de que nada faz sentido e nós precisamos de uma história mirabolante para nos sentirmos à vontade. Se existir não fosse por si só uma absurdidade, as religiões não teriam motivo de existir. Ou talvez seja verdade aquela história de que somos programados pra fazer parte de uma tribo com apenas 150 indivíduos, e a religião seja um modo de driblar essa limitação humana, nos fazendo viver confortavelmente entre milhões de pessoas (desde que todas estejam sob um mesmo conjunto de regras, daí a necessidade de uma religião). SEI LÁ PORRA.
Voltando à fútil e egocêntrica mania de me incomodar com acontecimentos da minha vida pessoal, vou falar aqui algumas coisas que costumavam me incomodar muito e que hoje incomodam pouco ou não incomodam nada. Ver a minha mãe se desdobrando, ao tentar driblar o fato de eu ser um peso morto, sempre me machucou demais. Ver o esforço dela em trabalhar, cozinhar, limpar tudo e voltar pro trabalho pra sustentar um mongol (eu) sempre foi um dos combustíveis pra minha tristeza. Existem várias outras coisas que não vou dizer aqui pois me exporiam demais, mas que sempre me deixaram mal. Hoje, eu ainda consigo reconhecer minhas incapacidades e falhas, mas sinto cada vez menos culpa por elas. Minhas falhas ocupam uma porcentagem cada vez menor no espectro de coisas que me fazem mal e, eventualmente, essa porcentagem chegará a zero. Outra coisa que me deixava bastante preocupado e deprimido, era pensar no meu futuro. O fato de eu não saber se eu conseguiria me tornar um profissional reconhecido, com um salário decente e, consequentemente, se teria uma casa e um carro decentes, eram coisas que tiravam minha paz.
Imagine uma régua com um metro de comprimento. Essa régua representa minhas preocupações. Antigamente, 50cm eram dedicados às coisas de cunho pessoal (medo do fracasso, faculdade, relacionamentos, emprego, família, lazer), e os outros 50cm se encarregavam de questionar a existência e todas essas besteiras filosóficas. De uns tempos pra cá, a parte que se preocupava com minha vida pessoal está diminuindo exponencialmente, dando lugar à total falta de sentido. Creio que apenas 10cm da régua imaginária continue se importando com a bolha social na qual estou metido.
Eu ainda faço várias coisas em prol do meu "futuro". Me dedico o suficiente na faculdade, faço musculação com uma disciplina que beira o impecável, entre outras coisas. Esses atos são totalmente conscientes e forçados. Eu tenho noção de que estou fazendo isso pra nada. A longo prazo, nada vai ser recompensado. Tudo vai acabar. Mesmo assim, eu ainda dou andamento à minha vida, pelo seguinte motivo: eu sei que ainda vou me tornar um mendigo e morro de medo disso.
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Eu atualizando o blog daqui a 20 anos |
Tenho a nítida impressão de que ainda chegará o dia em que meu senso de consequência terá se reduzido a uma mera lembrança. Não mais me importarei se estou limpo, vestido, alimentado ou sob um teto. Tenho muito medo de chegar a tal ponto, no qual minha única ocupação será pensar na tremenda loucura que é estar vivo.
Se atualmente eu não tenho controle de uma grande parte dos pensamentos que ocorrem em minha mente, quem me garante que, no futuro, esse descontrole não aumentará? Quem garante que eu sempre vou ter a decência e a força pra obrigar a mim mesmo a fazer certas atividades?
Uma coisa é certa: ter esse tipo de consciência requer um luxo que eu nem sempre terei. Não vou ser sustentado por outra pessoa pra sempre. Um dia, vou ter que me virar. Estou certo de que vou continuar sem coragem para cometer suicídio e, caso eu perca a capacidade de me forçar a fazer coisas que não quero fazer, a única saída será morar debaixo da ponte.
A cada segundo que passa, estou um segundo mais próximo do meu inevitável destino de morador de rua.
Até mais.
((((Esse texto não é um pedido de ajuda. Contenha seu impulso egomaníaco de tacar sua burrice nos comentários com uma pseudo-solução pros meus problemas. Sua opinião a respeito desse post é irrelevante))))
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Reflexões e divagações a respeito da relação entre homem e mulher (e outras coisas).
Aviso 1 - Não queria transformar isso aqui num diário. O intuito era só postar quando pensasse em algo interessante sobre existência. Mas cá entre nós, quem eu tô querendo enganar? Sou um cara triste de 23 anos que escreve num blog de madrugada, ouvindo músicas agressivas e dando socos violentos no ar. Sou patético. Não tenho o direito de me achar o bonzão e só escrever coisas filosóficas me achando o gênio desperdiçado. Vou passar a escrever coisas pessoais também. Podem sugerir temas aí nos comentários, para posts futuros.
Aviso 2 - Esse não é um texto pra te fazer sentir bem consigo mesmo, e se aceitar do jeito que você é. É pra fazer você se sentir mal mesmo, e, a partir disso, te ajudar a melhorar. Se não tem humildade e se ofende com tudo, fecha essa aba e nunca mais volte.
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Mais um post nisso aqui. Estou pegando gosto pela coisa. Algum tipo de egocentrismo dentro de mim me faz ter vontade de sair dando bicudas argumentativas na cara de todo mundo. Sabe aquela sensação de "hahaha esfreguei a verdade na cara deles"? Algo em mim ama essa sensação (e eu odeio isso). Não faço essas coisas pessoalmente, pois 1) todas as vezes que fiz isso, me senti ridículo, e levou DIAS pra essa sensação ir embora, 2) a maioria das pessoas é burra demais pra entender qualquer coisa e eu ficaria PUTO por isso e 3) não tenho força de vontade o suficiente pra isso. Na minha vida fora da internet, prefiro ficar calado na maioria do tempo, pois assim passo menos raiva. Esse é o real propósito desse blog: botar pra fora o que eu tenho vontade de dizer, mas não tenho coragem. Sinto que eu deveria estar em uma guerra, ou num octógono do UFC metendo o soco em alguém, ou cuidando da minha fazenda no interior da Europa, domesticando animais selvagens na porrada. Mas não, meu único momento de ação (fora a academia) é ouvir professores mongolões repetindo coisas que eles leram em livros que eu abomino.
Meu lado racional compreende que eu só tenho uns 5 leitores, mas uma parte de mim acha que sou um grande filósofo que dita a verdade a ser seguida pela humanidade. De vez em quando dou ouvidos à essa parte egocêntrica pra escrever aqui. Pode parar de me julgar porque todo mundo é assim, inclusive você, seu COCÔ nojento.
Ok.
Observar algo a uma certa distância te permite desenvolver uma perspectiva mais realista e sem influência de cacoetes, traumas ou rancores. Nem perto demais, nem a quilômetros de distância. Perto o suficiente para enxergar com clareza e quiçá até participar de vez em quando, mas longe o suficiente pra não ficar completamente cercado e cego por aquela coisa. É assim que eu sempre me mantive. Na época da escola, eu não era o cara mais bonito que chamava atenção de todas as meninas, mas também não era o mais esquisito (aquele cara que fede; do qual as meninas sentem repulsa). Nunca fui de mover montanhas pra conseguir conquistar alguma mulher, mas nunca recusei quando uma oportunidade caiu do céu. Por mais animalesco e deprimente que o ato sexual seja, plantar a mandioca é algo prazeroso e até necessário.
É garantido: quanto mais você se afasta da perspectiva fria e realista acerca das coisas, mais propenso ao sofrimento você fica. As minhas fases mais depressivas, pessimistas e derrotistas, curiosamente foram as fases de mais tranquilidade da minha vida. Justamente porque quando você se conforma com algo, a tensão, a cegueira momentânea e a urgência por mudança deixam de existir. Quando você se torna Rei de si mesmo (merda, ficou parecendo livro de auto ajuda), você pode sentar calmamente no seu gélido trono de desilusões e REFLETIR. Mas não pense que basta alcançar esse patamar pra tudo se resolver. Cair na cegueira e se desviar para um grupinho de pessoas ressentidas (feministas e "guerreiros da real" são exemplos) é muito fácil. Justamente porque ser medíocre é fácil. Há sempre uma força gravitacional te puxando pra mediocridade. Se você não fizer nada, será sugado pouco a pouco rumo às trevas. E o único jeito de se manter são é treinando constantemente. Por mais que você algum dia tenha alcançado um nível alto de sabedoria e imparcialidade, isso ruirá caso você não continue refletindo diariamente sobre aquele assunto. Resumindo: não ser um completo cego fanático requer um cuidado e, acima de tudo, PRÁTICA. Vale lembrar que esse esforço não adianta de nada, porque você vai morrer e vai ser esquecido completamente com o tempo. Como contradizer um parágrafo inteiro com apenas uma frase? Pergunte-me como.
Sempre fui ligado e observador, daqueles que reparam em tudo (mesmo sem querer). Aliado à isso está minha minha medíocre vida amorosa com mulheres, que me permite uma certa distância e sanidade pra observar (se eu tivesse muito ou muito pouco sucesso com as mulheres, estaria muito ocupado me vangloriando ou reclamando disso). Pois bem, aqui vão algumas reflexões e vivências que fui tendo ao longo dos anos.
Depois que você entende que há um jogo sendo jogado e você é um zero à esquerda que nem sequer SABIA que fazia parte desse jogo, você sai da estrada principal que estava trilhando e é jogado em outra estrada, vazia e sem sinalização. Justamente por não ser um caminho escuro, frequentado por poucos e completamente sinalização, você precisa desenvolver alguns pontos de referência pra saber o que te faz se perder nesse caminho e o que te faz continuar caminhando ileso. Na verdade, os sinais sempre estão lá, mas nós nunca estamos bons o bastante para percebermos todos eles. Essa estrada tem uma névoa opaca que prejudica muito sua visão clara das coisas. Baseado em MIM MESMO, vou tentar dar algumas dicas pra você tentar se alinhar aí e avaliar como tá sua situação. Primeira dica: se dica fosse bom, eu estaria vendendo-as. Vai se fuder.
Características de quem está completamente perdido no quesito COMO LIDAR COM MULHERES:
- As mulheres te tratam como uma criaturinha fofa, porém são ríspidas se você tenta qualquer abordagem na intenção de atraí-las sexualmente;
- Frequentemente as mulheres te pedem favores e você os faz;
- Você puxa mais assunto com mulheres do que elas puxam com você;
- Você precisa passar por muitos momentos estressantes para conseguir sexo (saídas, conversas exaustantes no facebook ou whatsapp, caminhadas até a casa dela, pegar busão, gastar dinheiro, sei lá caralho não sou vidente);
- Você sente uma dificuldade inexplicável de conversar com uma mulher olhando-a nos olhos, alguma fraqueza em você te faz desviar o olhar sempre;
- Você se sente mal por não conseguir pegar a quantidade de mulheres que você desejava;
- Você ri o tempo todo (seja pessoalmente, seja na internet) e sempre tenta agradar quando conversa com mulher;
- As mulheres conversam sobre os namorados ou ex-namorados delas com você;
- Você é viciado em pornografia;
- Te chamam muito de amigo (e afins);
- Outros homens te desrespeitam na frente delas;
- Você assiste animes.
Características de quem ainda está firme no quesito COMO LIDAR COM MULHERES:
- Geralmente, o consenso entre elas é que você é machista;
- Você consegue suportar pacientemente longos períodos sem sexo e sem nenhum tipo de carinho advindo de mulheres, sem surtar;
- Quando elas vão falar com você, é com um tom de respeito;
- Algumas mais frustradas e com medo doentio de homens (a.k.a. feministas) tentam te ridicularizar e te botar pra baixo, em posição de fragilidade. Elas não fazem isso com caras que elas consideram inofensivos e sem graça. Só a sua presença é o suficiente pra desestabilizar ela, daí a necessidade de tentar te desmontar emocionalmente. (Nesses casos, não demonstre raiva; só indiferença. Deixe claro com seu olhar e movimento corporal que a provocação dela soa como a birra de um bebê pra você. De preferência, só sorria).
- Você é minimamente forte fisicamente. Não adianta ter toda a atitude do mundo sendo gordo ou magricelo. Instintivamente elas vão respeitar e desejar os mais fortes pois seriam eles que as defenderiam numa situação de risco. Não é nem porque elas querem, é algo puramente reativo. SEJA FORTE. LEVANTE PESO NA ACADEMIA. Ficou claro?
- Você lê Nessahan Alita (é só jogar "Nessahan Alita pdf" no google e já vai ter um site com todos os livros dele disponíveis. Tire ao menos uma hora do seu dia inútil de pornografia, memes e jogatinas pra ler algo, cara, sério mesmo);
- Frequentemente as mulheres tocam em você. Seja nas RARAS (por favor, hein) vezes que você conta algo engraçado, seja em uma simples conversa. Até a maneira como elas te cumprimentam com beijinho no rosto diz MUITO sobre como elas te enxergam;
- Você não têm (ou ao menos tem controle sobre) sentimento de revolta a respeito do estado de decadência total no qual as mulheres modernas se encontram. Por mais triste que seja, você aceita as circunstâncias e continua caminhando.
OBS: Ler Nessahan Alita exige coragem e masculinidade. Leia como um chorão ressentido e as consequências serão totalmente opostas às que você deseja. Leia com frieza total e sem colocar seu ego imbecil no meio, e você pode se considerar um cagalhão menos fedido que o normal.
Outra coisa que pode ser útil para os que estão em relacionamentos: Sabe aquela cara de bunda sem motivo? Aquela indiferença repentina que a mulher demonstra por você? Ou quando ela fica emburrada sem um motivo claro? Isso é uma ferramenta que elas usam muito. É uma espécie de "termômetro" pra literalmente medir o quanto você depende dela emocionalmente. O que vai mostrar a temperatura exata pra ela é a sua reação Se você reage passionalmente, se irritando e perguntando exaustivamente o que aconteceu, você PERDEU. Se você reage com comportamento subserviente, pedindo desculpas, você PERDEU. Perdeu pois estará mostrando pra ela que ela tem um poder imenso sobre sua sanidade mental. Daí pra frente, o relacionamento vai ser um inferno. Nesses casos, finja que nem percebeu o teatrinho. Ela vai tentar novamente com mais vigor, provavelmente mudando de estratégia e tentando te deixar com ciúmes, e isso pode vir de várias formas, tipo falando bem de algum ex ou de um homem qualquer, ou falando qualquer coisa que ela sabe que "pega no seu calo". Seja lá qual for a tática dela, mantenha-se calmo, frio e no controle da situação. Caso o desrespeito passe dos limites (tipo falar de um ex dela ou te ridicularizar), informe friamente que você não vai aceitar esse tipo de atitude, e que isso só enfraquece a relação. Diga que, caso ela continue agindo assim, ela vai estar te dando liberdade pra fazer o mesmo (falar que fulana de tal é gostosa, que sua ex batia um boquete maneiro).
Depois que você entende que há um jogo sendo jogado e você é um zero à esquerda que nem sequer SABIA que fazia parte desse jogo, você sai da estrada principal que estava trilhando e é jogado em outra estrada, vazia e sem sinalização. Justamente por não ser um caminho escuro, frequentado por poucos e completamente sinalização, você precisa desenvolver alguns pontos de referência pra saber o que te faz se perder nesse caminho e o que te faz continuar caminhando ileso. Na verdade, os sinais sempre estão lá, mas nós nunca estamos bons o bastante para percebermos todos eles. Essa estrada tem uma névoa opaca que prejudica muito sua visão clara das coisas. Baseado em MIM MESMO, vou tentar dar algumas dicas pra você tentar se alinhar aí e avaliar como tá sua situação. Primeira dica: se dica fosse bom, eu estaria vendendo-as. Vai se fuder.
Características de quem está completamente perdido no quesito COMO LIDAR COM MULHERES:
- As mulheres te tratam como uma criaturinha fofa, porém são ríspidas se você tenta qualquer abordagem na intenção de atraí-las sexualmente;
- Frequentemente as mulheres te pedem favores e você os faz;
- Você puxa mais assunto com mulheres do que elas puxam com você;
- Você precisa passar por muitos momentos estressantes para conseguir sexo (saídas, conversas exaustantes no facebook ou whatsapp, caminhadas até a casa dela, pegar busão, gastar dinheiro, sei lá caralho não sou vidente);
- Você sente uma dificuldade inexplicável de conversar com uma mulher olhando-a nos olhos, alguma fraqueza em você te faz desviar o olhar sempre;
- Você se sente mal por não conseguir pegar a quantidade de mulheres que você desejava;
- Você ri o tempo todo (seja pessoalmente, seja na internet) e sempre tenta agradar quando conversa com mulher;
- As mulheres conversam sobre os namorados ou ex-namorados delas com você;
- Você é viciado em pornografia;
- Te chamam muito de amigo (e afins);
- Outros homens te desrespeitam na frente delas;
- Você assiste animes.
Características de quem ainda está firme no quesito COMO LIDAR COM MULHERES:
- Geralmente, o consenso entre elas é que você é machista;
- Você consegue suportar pacientemente longos períodos sem sexo e sem nenhum tipo de carinho advindo de mulheres, sem surtar;
- Quando elas vão falar com você, é com um tom de respeito;
- Algumas mais frustradas e com medo doentio de homens (a.k.a. feministas) tentam te ridicularizar e te botar pra baixo, em posição de fragilidade. Elas não fazem isso com caras que elas consideram inofensivos e sem graça. Só a sua presença é o suficiente pra desestabilizar ela, daí a necessidade de tentar te desmontar emocionalmente. (Nesses casos, não demonstre raiva; só indiferença. Deixe claro com seu olhar e movimento corporal que a provocação dela soa como a birra de um bebê pra você. De preferência, só sorria).
- Você é minimamente forte fisicamente. Não adianta ter toda a atitude do mundo sendo gordo ou magricelo. Instintivamente elas vão respeitar e desejar os mais fortes pois seriam eles que as defenderiam numa situação de risco. Não é nem porque elas querem, é algo puramente reativo. SEJA FORTE. LEVANTE PESO NA ACADEMIA. Ficou claro?
- Você lê Nessahan Alita (é só jogar "Nessahan Alita pdf" no google e já vai ter um site com todos os livros dele disponíveis. Tire ao menos uma hora do seu dia inútil de pornografia, memes e jogatinas pra ler algo, cara, sério mesmo);
- Frequentemente as mulheres tocam em você. Seja nas RARAS (por favor, hein) vezes que você conta algo engraçado, seja em uma simples conversa. Até a maneira como elas te cumprimentam com beijinho no rosto diz MUITO sobre como elas te enxergam;
- Você não têm (ou ao menos tem controle sobre) sentimento de revolta a respeito do estado de decadência total no qual as mulheres modernas se encontram. Por mais triste que seja, você aceita as circunstâncias e continua caminhando.
OBS: Ler Nessahan Alita exige coragem e masculinidade. Leia como um chorão ressentido e as consequências serão totalmente opostas às que você deseja. Leia com frieza total e sem colocar seu ego imbecil no meio, e você pode se considerar um cagalhão menos fedido que o normal.
Outra coisa que pode ser útil para os que estão em relacionamentos: Sabe aquela cara de bunda sem motivo? Aquela indiferença repentina que a mulher demonstra por você? Ou quando ela fica emburrada sem um motivo claro? Isso é uma ferramenta que elas usam muito. É uma espécie de "termômetro" pra literalmente medir o quanto você depende dela emocionalmente. O que vai mostrar a temperatura exata pra ela é a sua reação Se você reage passionalmente, se irritando e perguntando exaustivamente o que aconteceu, você PERDEU. Se você reage com comportamento subserviente, pedindo desculpas, você PERDEU. Perdeu pois estará mostrando pra ela que ela tem um poder imenso sobre sua sanidade mental. Daí pra frente, o relacionamento vai ser um inferno. Nesses casos, finja que nem percebeu o teatrinho. Ela vai tentar novamente com mais vigor, provavelmente mudando de estratégia e tentando te deixar com ciúmes, e isso pode vir de várias formas, tipo falando bem de algum ex ou de um homem qualquer, ou falando qualquer coisa que ela sabe que "pega no seu calo". Seja lá qual for a tática dela, mantenha-se calmo, frio e no controle da situação. Caso o desrespeito passe dos limites (tipo falar de um ex dela ou te ridicularizar), informe friamente que você não vai aceitar esse tipo de atitude, e que isso só enfraquece a relação. Diga que, caso ela continue agindo assim, ela vai estar te dando liberdade pra fazer o mesmo (falar que fulana de tal é gostosa, que sua ex batia um boquete maneiro).
Algo que prejudica MUITO os homens em suas toscas tentativas de aproximação com mulheres é a CRIAÇÃO. Desde pequenos, somos ensinados a sermos fracos, servis, tementes e obedientes.
A humanidade se encontra enfraquecida por ideais igualmente fracos em sua essência. Iluminismo, democracia, multiculturalismo, feminismo, maconhismo, viadismo, capitalismo, socialismo, tudo isso contribui para a destruição completa da masculinidade. O cara já nasce perdendo de 10x0 pra vida, e obviamente a maioria não vai conseguir reverter esse placar humilhante, sufocante, lastimante e lapidante (R.I.P. Fausto Fanti, se não entendeu a referência, vá pra puta que o pariu). Até mesmo a RELIGIÃO (não estou dizendo que acredito ou não em Deus), que antes era algo viril, másculo e que demandava uma dedicação absurda (vide as Cruzadas), se tornou um antro de FRESCOS.
Quero dar um enfoque especial no tema Religião. É só olhar pra qualquer igreja evangélica aqui no Brasil: um bando de magricelos (ou gordinhos NOJENTOS) com trejeitos femininos (jeito de andar molenga, olhar frouxo e afeminado, voz fina, atitude servil) vestindo roupinhas sociais toscas e com suas bíblias debaixo do braço, dizendo que são "cordeirinhos de Deus" (WTF), sempre se colocando em posições humilhantes, pedindo perdão por tudo. O pior de tudo é que a maioria tem um QI baixíssimo e nem conhece aquilo que está seguindo. A maioria só conhece (e obedece) a bíblia superficialmente, por osmose e por medo de uma possível punição divina pós-morte. O cara só segue essa religião merda de perdedor escravo porque é da sua natureza ser um seguidor e um escravo. Esse tipo de gente só está em busca de uma filosofia de vida que condiga com sua natureza fraca. Escravos natos procurando desculpas para serem escravos "livremente". Irônico.
CONTINUANDO. A primeira coisa que nos é ensinada é: Se está interessado em uma garota, faça amizade com ela. Seja amável, dócil, carinhoso, que ela irá retribuir o amor. É esse tipo de merda que (geralmente nossas mães malucas e com pouco contato com a realidade) a gente aprende desde os 2 anos de idade. Esse tipo de pensamento, aliado com o desenvolvimento exacerbado do EGO, produz verdadeiros inúteis emocionalmente. Se o cara tem um poder razoável de observação, logo aos 14 - 15 anos ele já percebe que aquele papo de virar amigo e ser dócil não passava de LERO LERO. Basta observar quais são os caras da escola mais respeitados e admirados pelos homens e cobiçados pelas mulheres. Nem preciso ficar falando isso aqui né caralho. Lutadores, caras violentos, caras ricos, bombadinhos, riquinhos. É pra esses caras que sua amada vai doar todo o amor e a juventude dela.
Lembrando que não tem fórmula exata pra isso. A única verdadeira unanimidade é o dinheiro. Nossa sociedade venera o deus dinheiro mais do que qualquer outra coisa. Caras ricos atraem qualquer tipo de mulher. Não pelo dinheiro em si, mas pelo poder que o dinheiro pode comprar. Jantares românticos em Veneza, camarote vip no show da banda favorita dela em Nova York, com direito a foto com os integrantes da banda, passeios de lancha pelas ilhas paradisíacas da Grécia, bolsas e vestidos caros nas lojas mais fodas do mundo. Não me levem a mal, acho tudo isso aí uma tremenda merda e desperdício de tempo e dinheiro, mas mulher gosta dessas coisas. De resto, depende de qual é o círculo social dela. Se é uma mulher da favela; o cara que vai causar mais tesão nela é o traficante mais perigoso, ou o MC mais famoso do morro. Se ela é dessas rockeiras escrotas, vai ser o vocalista da bandinha que ela gosta, e assim por diante. Entendeu, merda? Essa é a parte SOCIAL. Mulher gosta de homem com PODER. Dinheiro traz poder. Status e uma personalidade atraente, também. Mas se jogar na balança pra desempatar, dinheiro obviamente ganha.
Agora, deixando o dinheiro de lado (que já é óbvio que ser rico te torna atraente), na parte PESSOAL (o homem lidando diretamente com a mulher) existe algo mais ou menos unânime e infalível. Digo "mais ou menos" porque só é infalível se você souber fazer muito bem, com muita segurança e confiança. É justamente o ato de demonstrar poder. A característica masculina que mais enfeitiça a mulher é justamente ser uma rocha. Falar pouco, ser decidido naquilo que fala, não ficar rindo atoa, ser forte fisicamente, olhar sempre no olho, tomar as rédeas em horas difíceis. Mas não basta parecer, tem que SER. Trabalhe dentro dessa caganeira que você chama de cérebro e SEJA esse cara. Demora? Muito. Mas o tempo vai passar de qualquer maneira. Ao menos passe o tempo fazendo algo que vai te fazer ser melhor.
Se o cara nasceu pra ser um tapado e não percebe (ou escolhe não perceber) que a tática de ser amigão e carinhosão sempre dá errado (geralmente cego pelo ego indomado, causado por má criação dada pelos pais), ele vai criar desculpas mentais para descarregar sua consciência e continuar sendo esse idiota sem se sentir mal por isso. É aquela velha história, a mente do ser humano sempre tenta deixar ele com uma sensação agradável, por mais que isso custe distorcer completamente a realidade. "Ela gosta desse cara porque ainda é imatura, um dia vai perceber que eu sou o cara ideal pra ela", "Mulher prefere cérebro do que músculos", "Esse babaca mentiroso aproveita da ingenuidade dela pra fazer ela se apaixonar por ele". Vou amassar seu narigão de batata com porrada, retardado. A mulher (mesmo adolescente) sabe exatamente o que tá fazendo ao se entregar pra esses caras. Muitas acabam se fodendo por isso com filhos inesperados, doenças e inúmeros outros problemas? SIM, não estou negando isso. Mas quando elas ficam com esses marginais, o problema não é falta de maturidade. Elas realmente são atraídas por esses símbolos de poder.
Recentemente, na faculdade, eu fiz parte de um grupo pra fazer um trabalho. Além de mim, tinha um cara e uma menina no grupo. Em determinado ponto do trabalho, chegamos a um embate: eu percebi um erro GROTESCO no trabalho, cometido pela menina (depois eu provei que ela realmente tinha errado e ela concordou). Denunciei o erro e ela discordou, inclusive ficou ofendida com isso (o mundo atual as faz acreditar que são perfeitas, logo, qualquer crítica, mesmo que fundamentada, é tratada como uma injustiça, um absurdo). Mais tarde, no mesmo dia, o cara que também era do grupo (e um tremendo zé ruela escravão emocional de mulher) me mandou uma mensagem no facebook, mais ou menos assim:
- E aí cara, beleza? Então... eu estava pensando aqui. É melhor deixarmos o trabalho como está, provavelmente vamos conseguir tirar nota boa de qualquer forma. Sabe como é... a (nome da garota) não gosta de ser contrariada...
Vejam como nem passou pela cabeça dele que NINGUÉM gosta de ser contrariado, INCLUSIVE EU. Vejam como ele tratou a garota como um ser sobre-humano, que merece mais consideração que o resto. Segundo a lógica dele, o erro dela deveria ser MANTIDO no trabalho, pois ela não gosta de ser contrariada. E eu, que ACERTEI e TAMBÉM não gosto de ser contrariado, devo ter minha vontade deixada de lado, só porque não sou mulher? Percebem? Esse foi cúmulo, o fim da picada. Essas coisas acontecem o tempo todo, porém de maneiras mais sutis. Com uma observação mais aguçada, você percebe isso várias vezes por dia.
No outro dia, cheguei na aula com o trabalho já corrigido e mostrei pros dois. Ela reconheceu e concordou comigo, e ele ficou com cara de TACHO, pois percebeu que deixou de se importar com a realidade e deu ouvidos à paixonites subjetivas só pra agradar uma pessoa que nem se importa com ele. No momento em que a menina concordou comigo, ele caiu na real e viu que até uma mulher conseguiu ser mais racional que ele. Ele escolheu ficar do lado dela SABENDO QUE ELA ESTAVA ERRADA, unicamente por ela ser mulher. É justamente esse tipo de atitude que transforma mulheres em monstros psicopatas incapazes de aceitarem críticas. É esse tipo de homem que a modernidade está criando. O foda é que esse tipo de "homem" não fode apenas a vida dele, mas sim a vida de todo mundo, pois alimenta essa loucura coletiva onde não se pode mais criticar nenhum comportamento que venha de uma mulher. Esse cara é apaixonado por ela, ela SABE DISSO e, no geral, trata ele mal. São pequenos maus tratos no dia-a-dia, tipo dar ordens sem nem olhar pra cara ele, ou gritar o nome dele de maneira ríspida quando ele faz algo indevido. Resumindo: é como se ele fosse o cão de estimação dela. Ele não percebe esses maus tratos; acha que é "coisa de amigo". Só um pequeno exemplo pra contextualizar o que eu quero dizer.
Mantenham seus corpos e mentes nos trinques.
Mantenham seus corpos e mentes nos trinques.
Enfim caras, espero que tenham curtido o post. Estou doente com TRAQUEÍTE e uma febre foda, então relevem o tom amargo do post. Desculpem também os possíveis erros de português, gramática, sintaxe, estruturação, sei lá. Não revisei nada e escrevi tudo no piloto automático e de madrugada, com sono.
Comentem aí. Até mais.
Comentem aí. Até mais.
terça-feira, 13 de setembro de 2016
O fantasma que volta cada vez mais assustador.
Depois de meses, o total pavor de estar vivo está de volta. Começou hoje e já está insuportável. Não consigo fazer absolutamente nada. Tentei gravar hoje mas minha voz travou completamente e não saiu nada. Apertei o botão de gravar, fiquei olhando os segundos se passarem no programa que eu uso pra gravar, mas não deu. Se reparar bem, você percebe que só falamos quando uma ideia deixa de ser só uma ideia e leva um "empurrão" de um negócio chamado IMPULSO. Sabe quando você tá com algo em mente pra falar, e, quando menos espera, você já está falando? Isso acontece principalmente quando estamos muito putos de raiva ou muito felizes. Pois é, esse impulso que chega do nada e nos faz falar por horas sem perceber não chegou. Desliguei o computador e fui cochilar. Aliás, dormir é algo que eu faço muito nessas horas. Outra coisa que me ocorreu hoje (e nunca havia acontecido antes) foi uma tonteira absurda, como se eu tivesse labirintite ou algo assim. Uma merda tão forte que me incapacitou de andar e até de ficar com os olhos abertos, mas melhorou depois de alguns minutos. Ainda bem que eu tava em casa nessa hora.
Algo aqui dentro não está certo e de tempos em tempos esse algo se manifesta. Tô com aquele nó na garganta há horas. Não consegui treinar nem comer direito hoje e nem sei como consegui ir pra faculdade. É curioso ver o fundo do poço chegando justamente agora, visto que estou num momento (na cabeça de qualquer pessoa com nível de lucidez normal) bom da minha vida. Não darei detalhes para não me expor, mas tudo está no seu devido lugar (família, faculdade, vida amorosa, etc).
Creio que todos os leitores dessa porcaria aqui já entendem todo o conceito da falta de sentido em estar vivo. Não importam suas crenças, suas certezas, seus sonhos e esperanças, no fundo todos nós sabemos que por baixo desses panos tem uma coisa só: a certeza de que nascemos para vagarmos por um universo assustador, e no final morrermos sozinhos e insignificantes. E assim será com toda e qualquer forma de vida que pisar nesta estranha cadeia de acontecimentos movidos por reações químicas chamada VIDA. Acho que todos aqui conseguimos partir desse princípio.
Não é disso que eu estou falando aqui. Eu convivo com essa perspectiva de vida desde meus 14 anos. Olhar pro céu e não entender nada é algo comum pra mim. Olhar pra uma árvore e não entender qual é a razão daquilo existir, também. Olhar pra qualquer coisa e me perguntar porque raios algo existe é algo tão comum que consigo achar isso engraçado e me sentir tranquilo a respeito. A sensação de falta de sentido sempre está presente, mesmo quando eu tô me sentindo bem. Já aprendi a lidar com isso de forma racional.
Algo aqui dentro não está certo e de tempos em tempos esse algo se manifesta. Tô com aquele nó na garganta há horas. Não consegui treinar nem comer direito hoje e nem sei como consegui ir pra faculdade. É curioso ver o fundo do poço chegando justamente agora, visto que estou num momento (na cabeça de qualquer pessoa com nível de lucidez normal) bom da minha vida. Não darei detalhes para não me expor, mas tudo está no seu devido lugar (família, faculdade, vida amorosa, etc).
Creio que todos os leitores dessa porcaria aqui já entendem todo o conceito da falta de sentido em estar vivo. Não importam suas crenças, suas certezas, seus sonhos e esperanças, no fundo todos nós sabemos que por baixo desses panos tem uma coisa só: a certeza de que nascemos para vagarmos por um universo assustador, e no final morrermos sozinhos e insignificantes. E assim será com toda e qualquer forma de vida que pisar nesta estranha cadeia de acontecimentos movidos por reações químicas chamada VIDA. Acho que todos aqui conseguimos partir desse princípio.
Não é disso que eu estou falando aqui. Eu convivo com essa perspectiva de vida desde meus 14 anos. Olhar pro céu e não entender nada é algo comum pra mim. Olhar pra uma árvore e não entender qual é a razão daquilo existir, também. Olhar pra qualquer coisa e me perguntar porque raios algo existe é algo tão comum que consigo achar isso engraçado e me sentir tranquilo a respeito. A sensação de falta de sentido sempre está presente, mesmo quando eu tô me sentindo bem. Já aprendi a lidar com isso de forma racional.
Esse "algo" que emerge de dentro de mim e me faz ficar assim (geralmente a cada 3 ou 4 meses) não está diretamente relacionado com o fato de eu não enxergar sentido nas coisas. É algo diferente, milhares de vezes mais corrosivo do que apenas não entender o porquê de estar vivo. É como se eu deixasse de ser um ser humano. Na verdade, é como se eu fosse algo tão diferente (OPOSTO pra ser mais exato) de um ser humano, que estar vivendo num hóspede humano de carne e osso se torna nojento, repulsivo, aterrorizante. A sensação é de que preciso sair URGENTEMENTE. Me olhar no espelho quando estou nesse estado é uma das experiências mais sombrias que já experienciei.
Será que tenho capacidade de explicar essa merda? É a pergunta que me vem à cabeça, juntamente com a vontade de apagar tudo que já escrevi até agora. Vamos tentar, caralho.
Imagine um cara comum que representa a grande maioria das pessoas do planeta. O nome dele é Zé Burrão. Ele é um cara decente que vive a vida da melhor maneira possível. Fica feliz, fica triste, fica indignado, fica orgulhoso. Sempre reagindo (preste bastante atenção nessa palavra. REAGINDO. Como um rato de laboratório) a partir dos estímulos que recebe.
Imagine que cada ser humano enxerga a vida com um ZOOM diferente. ZÉ BURRÃO enxerga com o zoom no máximo. Ele é aquele cara comum que só vê sua própria vida, seu curso na faculdade, seu trabalho, sua família, sua igreja, seus probleminhas, seu partido político, seus sonhos, suas críticas, suas opiniões, etc. Esse é o cara padrão, e não adianta falar com ele sobre algo que está fora do zoom dele. O espectro de coisas que ele enxerga e reconhece é uma perspectiva muito pequena do TODO, e qualquer coisa fora dessa perspectiva vai soar como besteira pra ele. Imagine um quadro (pode ser a Monalisa pra facilitar pra você, seu Zé Burrão que não conhece arte), só que um quadro com 1 milhão de kilômetros quadrados. O cara comum, com o zoom no máximo, só enxerga alguns centímetros, uma parte MUITO pequena do quadro completo, mas ele acha que aquilo que ele enxerga é só o que há pra enxergar. Pouquíssimas pessoas, por algum motivo, conseguem diminuir esse zoom durante a vida e enxergar cada vez mais partes do cenário completo. Com isso, chegam em uma simples conclusão: "se antes eu enxergava X, e em determinado ponto da minha vida eu consegui chegar em 5X, provavelmente há uma quantidade praticamente infinita de X que eu ainda não consigo enxergar mas está lá em algum lugar". Quando você atinge essa forma de pensar (mesmo que subconscientemente), você atinge também uma humildade inigualável. Reconhecer que você é insignificante faz bem, traz tranquilidade com o tempo. Você passa a CAGAR E ANDAR pras coisas. Séries, lançamentos de cinema, roupas de marca, bandas, carros, celebridades, followers, likes, fofocas, tudo isso entra para o grupo de coisas que "tanto faz". Tudo se resume a "tanto faz". Obviamente isso vai causar um estranhamento nas pessoas e você eventualmente vai precisar fingir se importar com tais coisas. Mas isso traz mais benefício do que malefício no fim das contas.
Não há nada de errado em ser uma pessoa naturalmente com menos zoom (e que portanto compreende mais coisas do que a maioria). O problema é quando esse zoom está completamente quebrado e te leva pra lugar tão distante que o quadro de 1.000.000 km² vai ficando pequeno até se tornar um pontinho e desaparecer no meio do vazio. Se antes tirar o zoom te ajudava a ter uma perspectiva maior e mais sábia das coisas humanas, agora não há perspectiva mais. Tudo na convivência humana deixa de ser aceitável e passa a ser tão sem importância que qualquer coisa se torna extremamente desagradável e difícil. É um estado mental do qual não dá pra se desvencilhar. Não há como se distrair. Estar nesse estado é exaustivo em todos os sentidos. O problema de falar isso pra outras pessoas é que elas não estão enxergando a mesma coisa que você. Provavelmente ela vai falar "Não fique triste" ou "Por que você tá triste?", justamente porque "triste" é como o Zé Burrão resume qualquer sentimento que não é bom. Quando ele é rejeitado por alguma mulher e não consegue arrumar namorada, Zé Burrão fica triste. Quando ele tira notas baixas na faculdade, fica triste. Consegue compreender o que quero dizer? As pessoas normais ficam tristes por acontecimentos banais nas vidas delas, e acham que qualquer tipo de desconforto de qualquer outra pessoa tem a ver com isso também.
Vou falar algo bem pretensioso e arrogante agora. Esse post serve para os cagalhões que se dizem "depressivos" mas estão sempre reclamando de coisinhas mundanas como "não pego ninguém", "não tenho amigos", "não tenho dinheiro". Isso quando não é "ain porque o esquerdismo..." ou "ain gente esses funkeiros...". Vá a merda cara. Você não entende o que é sentir o VAZIO. Você está com o zoom no MÁXIMO, com a cara COLADA no gigantesco quadro dantesco que é a existência. Isso não te torna um pensador nem um filósofo, muito menos um cara interessante. Se sua pretensão é parecer descolado usando a "tristeza" como muleta, você está sendo um idiota. Se você apenas se acha um perdedor que não vê sentido na vida e acha que não tem nada de especial nem de ruim nisso, eu me arrisco a dizer que você está no caminho certo, mas, se você é como eu e de tempos em tempos tem uma crise fodida e isso te incapacita completamente, sinto muito. Somos um defeito na matrix e somos incapazes de viver nesta realidade. Psicólogos não adiantam pra gente como nós (talvez psiquiatras por causa dos remédios). Conversar com um psicólogo só resolve as tristezas mundanas do Zé Burrão (problema com os pais, problemas no emprego, problemas no relacionamento). Isso porque o psicólogo também é uma pessoa com o zoom no talo, talvez um pouco menos que a maioria, mas ainda sem enxergar nem 0,0001% do todo.
É isso aí caras. Esse fundo do poço geralmente dura uns 5 dias. Tomara que passe rápido. Isso aqui serve também pra quem está se (ou me) perguntando por que os podcasts não estão sendo feitos. Não me encham o saco porra. Quando eu estiver bem, eu gravo. Vão ouvir o Saco Cheio que é milhões de vezes melhor que o meu podcast.
Será que tenho capacidade de explicar essa merda? É a pergunta que me vem à cabeça, juntamente com a vontade de apagar tudo que já escrevi até agora. Vamos tentar, caralho.
Imagine um cara comum que representa a grande maioria das pessoas do planeta. O nome dele é Zé Burrão. Ele é um cara decente que vive a vida da melhor maneira possível. Fica feliz, fica triste, fica indignado, fica orgulhoso. Sempre reagindo (preste bastante atenção nessa palavra. REAGINDO. Como um rato de laboratório) a partir dos estímulos que recebe.
Imagine que cada ser humano enxerga a vida com um ZOOM diferente. ZÉ BURRÃO enxerga com o zoom no máximo. Ele é aquele cara comum que só vê sua própria vida, seu curso na faculdade, seu trabalho, sua família, sua igreja, seus probleminhas, seu partido político, seus sonhos, suas críticas, suas opiniões, etc. Esse é o cara padrão, e não adianta falar com ele sobre algo que está fora do zoom dele. O espectro de coisas que ele enxerga e reconhece é uma perspectiva muito pequena do TODO, e qualquer coisa fora dessa perspectiva vai soar como besteira pra ele. Imagine um quadro (pode ser a Monalisa pra facilitar pra você, seu Zé Burrão que não conhece arte), só que um quadro com 1 milhão de kilômetros quadrados. O cara comum, com o zoom no máximo, só enxerga alguns centímetros, uma parte MUITO pequena do quadro completo, mas ele acha que aquilo que ele enxerga é só o que há pra enxergar. Pouquíssimas pessoas, por algum motivo, conseguem diminuir esse zoom durante a vida e enxergar cada vez mais partes do cenário completo. Com isso, chegam em uma simples conclusão: "se antes eu enxergava X, e em determinado ponto da minha vida eu consegui chegar em 5X, provavelmente há uma quantidade praticamente infinita de X que eu ainda não consigo enxergar mas está lá em algum lugar". Quando você atinge essa forma de pensar (mesmo que subconscientemente), você atinge também uma humildade inigualável. Reconhecer que você é insignificante faz bem, traz tranquilidade com o tempo. Você passa a CAGAR E ANDAR pras coisas. Séries, lançamentos de cinema, roupas de marca, bandas, carros, celebridades, followers, likes, fofocas, tudo isso entra para o grupo de coisas que "tanto faz". Tudo se resume a "tanto faz". Obviamente isso vai causar um estranhamento nas pessoas e você eventualmente vai precisar fingir se importar com tais coisas. Mas isso traz mais benefício do que malefício no fim das contas.
Não há nada de errado em ser uma pessoa naturalmente com menos zoom (e que portanto compreende mais coisas do que a maioria). O problema é quando esse zoom está completamente quebrado e te leva pra lugar tão distante que o quadro de 1.000.000 km² vai ficando pequeno até se tornar um pontinho e desaparecer no meio do vazio. Se antes tirar o zoom te ajudava a ter uma perspectiva maior e mais sábia das coisas humanas, agora não há perspectiva mais. Tudo na convivência humana deixa de ser aceitável e passa a ser tão sem importância que qualquer coisa se torna extremamente desagradável e difícil. É um estado mental do qual não dá pra se desvencilhar. Não há como se distrair. Estar nesse estado é exaustivo em todos os sentidos. O problema de falar isso pra outras pessoas é que elas não estão enxergando a mesma coisa que você. Provavelmente ela vai falar "Não fique triste" ou "Por que você tá triste?", justamente porque "triste" é como o Zé Burrão resume qualquer sentimento que não é bom. Quando ele é rejeitado por alguma mulher e não consegue arrumar namorada, Zé Burrão fica triste. Quando ele tira notas baixas na faculdade, fica triste. Consegue compreender o que quero dizer? As pessoas normais ficam tristes por acontecimentos banais nas vidas delas, e acham que qualquer tipo de desconforto de qualquer outra pessoa tem a ver com isso também.
Vou falar algo bem pretensioso e arrogante agora. Esse post serve para os cagalhões que se dizem "depressivos" mas estão sempre reclamando de coisinhas mundanas como "não pego ninguém", "não tenho amigos", "não tenho dinheiro". Isso quando não é "ain porque o esquerdismo..." ou "ain gente esses funkeiros...". Vá a merda cara. Você não entende o que é sentir o VAZIO. Você está com o zoom no MÁXIMO, com a cara COLADA no gigantesco quadro dantesco que é a existência. Isso não te torna um pensador nem um filósofo, muito menos um cara interessante. Se sua pretensão é parecer descolado usando a "tristeza" como muleta, você está sendo um idiota. Se você apenas se acha um perdedor que não vê sentido na vida e acha que não tem nada de especial nem de ruim nisso, eu me arrisco a dizer que você está no caminho certo, mas, se você é como eu e de tempos em tempos tem uma crise fodida e isso te incapacita completamente, sinto muito. Somos um defeito na matrix e somos incapazes de viver nesta realidade. Psicólogos não adiantam pra gente como nós (talvez psiquiatras por causa dos remédios). Conversar com um psicólogo só resolve as tristezas mundanas do Zé Burrão (problema com os pais, problemas no emprego, problemas no relacionamento). Isso porque o psicólogo também é uma pessoa com o zoom no talo, talvez um pouco menos que a maioria, mas ainda sem enxergar nem 0,0001% do todo.
É isso aí caras. Esse fundo do poço geralmente dura uns 5 dias. Tomara que passe rápido. Isso aqui serve também pra quem está se (ou me) perguntando por que os podcasts não estão sendo feitos. Não me encham o saco porra. Quando eu estiver bem, eu gravo. Vão ouvir o Saco Cheio que é milhões de vezes melhor que o meu podcast.
sexta-feira, 29 de julho de 2016
O que fazer quando tudo ao redor parece estar errado?
Essa não é uma daquelas perguntas que são respondidas no decorrer do post. Eu realmente queria saber o que fazer nesse momento da minha vida. Tenho 23 anos, faço um curso medíocre que não gosto (mas não odeio) e chego a sentir náuseas só de pensar em como vai ser minha vida depois que eu me formar. Lentamente, estou deixando de ser considerado o menininho novo, inexperiente e sem muitas obrigações, que tem a vida inteira pela frente e o mundo para conquistar, e estou me tornando um homem indesejado, pesado, sendo cobrado, cada vez mais triste e sentindo cada vez mais ódio (de mim mesmo e dos outros). Me deixa puto da vida ver o oceano de fingimento, puxação de saco e corporativismo que o mundo moderno e urbano se tornou. Poucos minutos "scrollando" pelo facebook são suficientes pra me deixar em frangalhos, com um nó na garganta. Só vejo mediocridade, burrice, superficialidade, pessoas com ego doente. Gente visivelmente tentando parecer melhor do que é, forçando opiniões que não tem só pra parecer cool e na moda. Vai tomar no cu. Vai fazer pose pra foto com carinha de descolado no quinto dos infernos. Vai se achar especial por assistir Game of Thrones na casa do caralho. Ninguém é especial, e o fato de ninguém perceber algo tão simples me deixa maluco. Não tenho paciência pra mais nada, qualquer coisa me deixa puto da cara. Sinto que minha hora nesse mundo já passou.
Eu sei exatamente o que eu preciso fazer pra me "dar bem" no sentido financeiro. Fingir bastante, sorrir pras pessoas certas, ser manipulador, puxar saco, fingir ser o bonzinho e dedicado ao trabalho e à empresa. Pronto. Duvida de mim? Depois que você amadurecer mais um pouco, vai conseguir perceber como é o perfil de quem manda e qual é o perfil de quem é empregado. Pra crescer profissionalmente, você PRECISA ser canalha, puxar o tapete dos outros na cara de pau, fazer fofocas com as pessoas certas. Aham, tá bom então nenêzinho inocente, vai acreditando que tem como chegar a algum lugar apenas no seu canto, sem fazer muito barulho, sendo humilde e honesto 100% do tempo. Aham.
O problema é que, por algum motivo, eu me sinto muito mal e consumido só de pensar em começar a jogar esse joguinho doentio. Vou contar uma história pra vocês:
Recentemente, foi oferecido à mim duas vagas para fazer estágios. O pior é que a pessoa que me deu essa "chance" trata os estágios como se fossem pedras preciosas raríssimas, e que todo aluno tem a obrigação de aceitar imediatamente e agradecer eternamente por essa chance de ouro. Acordar 6h da manhã todos os dias, entrar em um ônibus encardido repleto de bactérias e pessoas fedorentas, sentar na frente de um computador, ficar digitando coisas inúteis, sair na rua pra fazer reportagens esdrúxulas com pessoas mal-sucedidas, levar encaradas e esporros humilhantes do chefe (na frente dos outros estagiários), sofrer terrores psicológicos, ser ameaçado diariamente de perder o estágio (afinal TODOS os outros imundos do curso estão babando pela sua vaga no estágio), para no final do mês ganhar um salário mínimo e um vale-transporte. Uau, muito obrigado senhor diretor de jornalismo que ganha 15 mil reais por mês, o senhor é muito generoso em me oferecer essa maravilha de vaga. Vá a merda. Esse cara que me ofereceu os estágios não seria meu superior imediato no estágio (o cara que está sempre no seu cangote), pois lá (se não me engano) ele é diretor geral. O cara que lida e manda nos estagiários (e seria meu chefe) é o diretor de jornalismo. Esse é pior ainda. Um gordinho extremamente mala e CASADO. Você sabe o que isso significa?
Vivemos atualmente no auge da degeneração humana. Auge do feminismo e da completa castração moral do homem (travestida de igualdade, é claro). Eu já saquei qual é a desse gordinho (que seria meu chefe): o típico casadão trouxa, que é mandado e desmandado pela mulher, e só serve como talão de cheques ambulante pra "patroa" fazer o que quiser com o dinheiro. Meu deus do céu, e ainda tem cara que aparece EM REDE NACIONAL falando isso com orgulho, que "a mulher é quem manda na casa". Cadê suas bolas seu mongolão gordo comedor de carboidrato. Enfim, o cara ainda tem um filho pequeno. Imagina o quanto esse cara considera importante o empreguinho dele numa tv universitária numa cidade do interior (hauhauhauhauha). Nessa altura do campeonato, ele já deve ter entendido (ao menos parcialmente) a roubada em que se meteu ao casar e engravidar uma mulher moderna. Para a maioria dos casados, o emprego significa uma válvula de escape, literalmente uma fuga de sua família. Por mais triste que isso possa parecer, é verdade. O cara já não aguenta mais a vida de casado e vai buscar paz e distração em outras coisas, e é aí que ele acaba virando um viciado no trabalho, ou um alcoólatra, ou um viciado em jogos de azar, ou viciado em futebol, ou viciado em religião. Tem um cara na minha classe cuja vida se baseia em falar de futebol. Parece que o cara tem tanto medo de encarar a realidade que se cerca de informações inúteis, como placares de jogos, datas de títulos, novos jogadores contratados, picuinhas e fofoquinhas. Caralho seu ANIMAL, como você pode se sentir bem sabendo que sua existência nesse planeta é baseada em torcer para que uma empresa (sim, um time de futebol não passa de uma empresa) ganhe mais e mais dinheiro ao vencer outras empresas? A mesma coisa pros idiotas que ficam discutindo qual marca de computador é melhor, ou qual videogame é melhor. Dããã, ps4 é superior ao xbox one dããããã. Cala a boca antes que eu te dê um safanão nos dentes.
Fato é que, em muitos casos, o cara acaba virando um workaholic. Ele se dedica ao trabalho até mesmo quando não está na jornada diária de trabalho, e isso afeta negativamente os empregados. Sem falar que ele sabe que, se perder esse emprego, sua esposinha e seu filhinho ficarão sem sustento. Então, sua amada mulher, que jurou amor eterno à ele, o largaria sem pensar duas vezes. Isso significa que, se eu aceitasse esse estágio, eu teria um chefe me ligando e mandando e-mails desprezíveis até mesmo nos finais de semana. Isso significa que ele me pediria pra ficar no trabalho até depois do horário normal. Isso significa que ele exigiria de mim o talento do William Bonner, caso contrário me faria ameaças e sermões com direito a cara feia e humilhação perto dos outros estagiários. Isso significa que eu teria que aguentar o bafo nojento dele de café + merda na minha cara sem poder fazer nada. A pior coisa que pode acontecer é ter um chefe casado. Há alguns séculos, quando o mundo ainda fazia algum resquício de sentido, antes dessa loucura pós-revolução industrial que o mundo se tornou, esse gordinho não seria chefe de NADA. No mundo real ele não teria a mínima chance. Ele não teria o direito de mandar, gritar, ameaçar, aterrorizar e dar sermão em nenhum ser humano, caso contrário, seria espancado. Em um mundo justo, ele teria que viver de acordo com o que ele realmente é: um gordinho fisicamente incapaz. Mas tive o azar de nascer logo no final do século XX.
Agora, no início da minha vida adulta, estou vivendo e presenciando o AUGE dessa loucura urbana. Por algum motivo maluco, se eu quiser fazer esse estágio, eu vou ser obrigado a me submeter à essas humilhações feitas por um cara fisicamente inferior à mim. Se você, queridinho da mamãe, acha que o mundo é repleto de amiguinhos, e todos são exatamente iguais com as mesmas capacidades e as mesmas chances, cai na real. Algumas pessoas são MELHORES que as outras. O conceito de melhor e pior é muito objetivo e muito fácil de ser entendido, mas MESMO ASSIM a modernidade conseguiu emburrecer tanto as pessoas que elas não entendem mais nada. O Messi consegue entrar num estádio lotado e decidir uma partida da champions league; eu, não. Logo, o Messi é MELHOR que eu no futebol. O Usain Bolt consegue chegar na olimpíada e correr rápido pra caralho e bater todos os recordes mundiais nos 100 metros rasos; eu, não. Logo, ele é MELHOR que eu. Eu consigo nocautear esse gordinho e fazer ele defecar nas calças com apenas um soco. Logo, sou fisicamente melhor que ele. Esquece essa ladainha de ''não existe melhor nem pior, apenas diferente". Esse papo é enfiado na cabeça das pessoas justamente pra elas aceitarem que são medíocres e ficarem bem consigo mesmas, ao invés de ficarem deprimidas como eu estou agora. Após alguns dias pensando, cheguei à conclusão de que eu não aguentaria trabalhar numa posição hierárquica inferior à desse cara. Recusei.
A outra vaga de estágio também é em uma TV, só que não é universitária, é uma tv ''de verdade''. Essa fica perto da minha casa, o suficiente pra ir caminhando sem dificuldades. Não ter que pegar ônibus faz uma grande diferença pra minha saúde mental. Toda vez que ando de ônibus, sinto minhas energias vitais sendo sugadas por aquela máquina de pobreza e tristeza. Não há felicidade dentro de um ônibus. Você ainda acha que a vida é feliz e eu que sou o pessimista maluco? Entra num ônibus as 6 da manhã e você vai presenciar o quão boa é a vida. Enfim, nessa outra TV, meu chefe seria o próprio cara que me ofereceu as duas vagas. Esse não é casado e parece ver futuro em mim e no meu "talento" (que ele ingenuamente acha que tenho). Já trabalhei lá outra vez, em 2014, e não foi tão ruim assim. O foda é que lá o pagamento é uma bolsa integral na faculdade. Quem paga minha faculdade é minha mãe, então pra mim não faria diferença financeira alguma. A única parte boa é que, se eu ganhar essa bolsa integral e pagar minha própria faculdade, minha mãe vai me encher menos o saco e ficar mais compreensiva. Caso você não tenha entendido ainda, o que eu tinha que pensar (e pesar) era o seguinte:
O que é melhor?
a) Paz profissional e caos em casa. Continuar desempregado, apenas estudando, porém recebendo violentas agressões verbais da minha mãe, jogando na minha cara que ela tem que pagar minha faculdade (sendo que quem pagou a faculdade dela por completo foi meu avô, o papaizinho rico dela);
b) Paz em casa e caos profissional. Ser infeliz no estágio e aguentar 5h de tortura por dia, pagar minha própria faculdade e deixar minha mãe feliz e orgulhosa em relação a mim.
De qualquer maneira eu serei oprimido e triste. Mas após alguns dias de reflexão, acabei aceitando o estágio. Afinal são só 5 horas por dia e dá pra levar com a barriga, no "piloto automático", e ainda é perto de casa. E a convivência com minha mãe ficaria bem melhor e eu poderia ao menos relaxar nos fins de semana.
Enfim, esse não era o ponto principal do post, me alonguei demais nessa merda de assunto de estágio. A verdade é que eu cansei dessa porra toda. Não aguento mais gente se achando relevante, sem a mínima vergonha de sair dando opiniões por aí, mesmo que seja uma burrice foda.
Eu quase nunca falo esse tipo de coisa na vida real. Primeiro porque eu tenho preguiça de discutir qualquer coisa e não gosto de sair dando opinião pra gente imbecil. Segundo porque a maior parte da população é medíocre e esse meu pensamento acaba ofendendo justamente essa parcela (não porque minha ideia é ofensiva, e sim porque as pessoas não se consideram medíocres e ficam ofendidinhas). Nas raras vezes que eu tenho uma conversa sobre esse tema, as pessoas variam entre dois tipos de respostas:
1) Os "jênios" que usam a agressividade pra demonstrar suas brilhantes conclusões. Esses me dão muita raiva, pois deixam subentendido que eles são muito inteligentes e astutos ao concluir coisas óbvias, dignas de uma criança de 5 anos. Parece que o desgraçado quer uma medalha por ter pensado algo tão brilhante como "Dãã então por que você não se mata?" "Isso é papo de covarde hahaha". Quero ver falar hahaha quando eu te enterrar vivo, seu merda. Pare de ser irônico, bichona. Cometer suicídio envolve coisas complexas demais pro seu cérebro simplório de bonobo medíocre compreender. Ao dizer que "é coisa de covarde" você só prova que é tão burro e vazio quanto parece. Cogitar o suicídio e encarar a realidade como ela realmente é e agir a partir disso não é ser covarde, muito pelo contrário. Covarde é quem vive como um escravo e finge que é feliz, se rodeando de ilusão. Falando de timinho de futebol, ver filminho no cineminha, baladinha, joguinho, namoradinha, "ain zente vamos ver Procurando Dori"? Cale essa matraca antes que eu perca a paciência.
2) As pessoas mais educadas e positivas, mas igualmente cegas. Geralmente são religiosas. "Nossa, você é muito pra baixo. Precisa sorrir mais" "Seja mais positivo e as coisas vão dar certo" "Você está assim porque falta deus no seu coração". Traduzindo: "Sofra calado e encha sua vida de futilidades, dessa maneira você não vai perceber a roubada que é sua vida". Foda-se você e seu otimismo de meia tigela. Não é porque você consegue se contentar com sua vida rasteira que eu sou obrigado a fazer o mesmo. Vai lá pro seu divertidíssimo culto de domingo ouvir palavras confortantes do pastor, e depois coma bastante cachorro quente com refrigerante na lanchonete perto da igreja. Aos 30 anos você será um grandessíssimo gordo diabético de classe média-baixa e eu estarei forte e rasgado desfrutando de jovens mulheres de 20 anos no meu iate (brincadeira, estarei infeliz enfiado em alguma redação de tv, alcoólatra e/ou viciado em drogas e completamente sozinho no mundo).
Minhas aulas voltam no dia 01 de Agosto, e o estágio deve começar em Agosto também. Enquanto a rotina infernal não volta, estou passando os dias deitado sem fazer nada, aproveitando o máximo que posso antes de ser começar a ser explorado novamente. Vou tentar postar com mais frequência aqui no blog.
Até a próxima :-)
Eu sei exatamente o que eu preciso fazer pra me "dar bem" no sentido financeiro. Fingir bastante, sorrir pras pessoas certas, ser manipulador, puxar saco, fingir ser o bonzinho e dedicado ao trabalho e à empresa. Pronto. Duvida de mim? Depois que você amadurecer mais um pouco, vai conseguir perceber como é o perfil de quem manda e qual é o perfil de quem é empregado. Pra crescer profissionalmente, você PRECISA ser canalha, puxar o tapete dos outros na cara de pau, fazer fofocas com as pessoas certas. Aham, tá bom então nenêzinho inocente, vai acreditando que tem como chegar a algum lugar apenas no seu canto, sem fazer muito barulho, sendo humilde e honesto 100% do tempo. Aham.
O problema é que, por algum motivo, eu me sinto muito mal e consumido só de pensar em começar a jogar esse joguinho doentio. Vou contar uma história pra vocês:
Recentemente, foi oferecido à mim duas vagas para fazer estágios. O pior é que a pessoa que me deu essa "chance" trata os estágios como se fossem pedras preciosas raríssimas, e que todo aluno tem a obrigação de aceitar imediatamente e agradecer eternamente por essa chance de ouro. Acordar 6h da manhã todos os dias, entrar em um ônibus encardido repleto de bactérias e pessoas fedorentas, sentar na frente de um computador, ficar digitando coisas inúteis, sair na rua pra fazer reportagens esdrúxulas com pessoas mal-sucedidas, levar encaradas e esporros humilhantes do chefe (na frente dos outros estagiários), sofrer terrores psicológicos, ser ameaçado diariamente de perder o estágio (afinal TODOS os outros imundos do curso estão babando pela sua vaga no estágio), para no final do mês ganhar um salário mínimo e um vale-transporte. Uau, muito obrigado senhor diretor de jornalismo que ganha 15 mil reais por mês, o senhor é muito generoso em me oferecer essa maravilha de vaga. Vá a merda. Esse cara que me ofereceu os estágios não seria meu superior imediato no estágio (o cara que está sempre no seu cangote), pois lá (se não me engano) ele é diretor geral. O cara que lida e manda nos estagiários (e seria meu chefe) é o diretor de jornalismo. Esse é pior ainda. Um gordinho extremamente mala e CASADO. Você sabe o que isso significa?
Vivemos atualmente no auge da degeneração humana. Auge do feminismo e da completa castração moral do homem (travestida de igualdade, é claro). Eu já saquei qual é a desse gordinho (que seria meu chefe): o típico casadão trouxa, que é mandado e desmandado pela mulher, e só serve como talão de cheques ambulante pra "patroa" fazer o que quiser com o dinheiro. Meu deus do céu, e ainda tem cara que aparece EM REDE NACIONAL falando isso com orgulho, que "a mulher é quem manda na casa". Cadê suas bolas seu mongolão gordo comedor de carboidrato. Enfim, o cara ainda tem um filho pequeno. Imagina o quanto esse cara considera importante o empreguinho dele numa tv universitária numa cidade do interior (hauhauhauhauha). Nessa altura do campeonato, ele já deve ter entendido (ao menos parcialmente) a roubada em que se meteu ao casar e engravidar uma mulher moderna. Para a maioria dos casados, o emprego significa uma válvula de escape, literalmente uma fuga de sua família. Por mais triste que isso possa parecer, é verdade. O cara já não aguenta mais a vida de casado e vai buscar paz e distração em outras coisas, e é aí que ele acaba virando um viciado no trabalho, ou um alcoólatra, ou um viciado em jogos de azar, ou viciado em futebol, ou viciado em religião. Tem um cara na minha classe cuja vida se baseia em falar de futebol. Parece que o cara tem tanto medo de encarar a realidade que se cerca de informações inúteis, como placares de jogos, datas de títulos, novos jogadores contratados, picuinhas e fofoquinhas. Caralho seu ANIMAL, como você pode se sentir bem sabendo que sua existência nesse planeta é baseada em torcer para que uma empresa (sim, um time de futebol não passa de uma empresa) ganhe mais e mais dinheiro ao vencer outras empresas? A mesma coisa pros idiotas que ficam discutindo qual marca de computador é melhor, ou qual videogame é melhor. Dããã, ps4 é superior ao xbox one dããããã. Cala a boca antes que eu te dê um safanão nos dentes.
Fato é que, em muitos casos, o cara acaba virando um workaholic. Ele se dedica ao trabalho até mesmo quando não está na jornada diária de trabalho, e isso afeta negativamente os empregados. Sem falar que ele sabe que, se perder esse emprego, sua esposinha e seu filhinho ficarão sem sustento. Então, sua amada mulher, que jurou amor eterno à ele, o largaria sem pensar duas vezes. Isso significa que, se eu aceitasse esse estágio, eu teria um chefe me ligando e mandando e-mails desprezíveis até mesmo nos finais de semana. Isso significa que ele me pediria pra ficar no trabalho até depois do horário normal. Isso significa que ele exigiria de mim o talento do William Bonner, caso contrário me faria ameaças e sermões com direito a cara feia e humilhação perto dos outros estagiários. Isso significa que eu teria que aguentar o bafo nojento dele de café + merda na minha cara sem poder fazer nada. A pior coisa que pode acontecer é ter um chefe casado. Há alguns séculos, quando o mundo ainda fazia algum resquício de sentido, antes dessa loucura pós-revolução industrial que o mundo se tornou, esse gordinho não seria chefe de NADA. No mundo real ele não teria a mínima chance. Ele não teria o direito de mandar, gritar, ameaçar, aterrorizar e dar sermão em nenhum ser humano, caso contrário, seria espancado. Em um mundo justo, ele teria que viver de acordo com o que ele realmente é: um gordinho fisicamente incapaz. Mas tive o azar de nascer logo no final do século XX.
Agora, no início da minha vida adulta, estou vivendo e presenciando o AUGE dessa loucura urbana. Por algum motivo maluco, se eu quiser fazer esse estágio, eu vou ser obrigado a me submeter à essas humilhações feitas por um cara fisicamente inferior à mim. Se você, queridinho da mamãe, acha que o mundo é repleto de amiguinhos, e todos são exatamente iguais com as mesmas capacidades e as mesmas chances, cai na real. Algumas pessoas são MELHORES que as outras. O conceito de melhor e pior é muito objetivo e muito fácil de ser entendido, mas MESMO ASSIM a modernidade conseguiu emburrecer tanto as pessoas que elas não entendem mais nada. O Messi consegue entrar num estádio lotado e decidir uma partida da champions league; eu, não. Logo, o Messi é MELHOR que eu no futebol. O Usain Bolt consegue chegar na olimpíada e correr rápido pra caralho e bater todos os recordes mundiais nos 100 metros rasos; eu, não. Logo, ele é MELHOR que eu. Eu consigo nocautear esse gordinho e fazer ele defecar nas calças com apenas um soco. Logo, sou fisicamente melhor que ele. Esquece essa ladainha de ''não existe melhor nem pior, apenas diferente". Esse papo é enfiado na cabeça das pessoas justamente pra elas aceitarem que são medíocres e ficarem bem consigo mesmas, ao invés de ficarem deprimidas como eu estou agora. Após alguns dias pensando, cheguei à conclusão de que eu não aguentaria trabalhar numa posição hierárquica inferior à desse cara. Recusei.
A outra vaga de estágio também é em uma TV, só que não é universitária, é uma tv ''de verdade''. Essa fica perto da minha casa, o suficiente pra ir caminhando sem dificuldades. Não ter que pegar ônibus faz uma grande diferença pra minha saúde mental. Toda vez que ando de ônibus, sinto minhas energias vitais sendo sugadas por aquela máquina de pobreza e tristeza. Não há felicidade dentro de um ônibus. Você ainda acha que a vida é feliz e eu que sou o pessimista maluco? Entra num ônibus as 6 da manhã e você vai presenciar o quão boa é a vida. Enfim, nessa outra TV, meu chefe seria o próprio cara que me ofereceu as duas vagas. Esse não é casado e parece ver futuro em mim e no meu "talento" (que ele ingenuamente acha que tenho). Já trabalhei lá outra vez, em 2014, e não foi tão ruim assim. O foda é que lá o pagamento é uma bolsa integral na faculdade. Quem paga minha faculdade é minha mãe, então pra mim não faria diferença financeira alguma. A única parte boa é que, se eu ganhar essa bolsa integral e pagar minha própria faculdade, minha mãe vai me encher menos o saco e ficar mais compreensiva. Caso você não tenha entendido ainda, o que eu tinha que pensar (e pesar) era o seguinte:
O que é melhor?
a) Paz profissional e caos em casa. Continuar desempregado, apenas estudando, porém recebendo violentas agressões verbais da minha mãe, jogando na minha cara que ela tem que pagar minha faculdade (sendo que quem pagou a faculdade dela por completo foi meu avô, o papaizinho rico dela);
b) Paz em casa e caos profissional. Ser infeliz no estágio e aguentar 5h de tortura por dia, pagar minha própria faculdade e deixar minha mãe feliz e orgulhosa em relação a mim.
De qualquer maneira eu serei oprimido e triste. Mas após alguns dias de reflexão, acabei aceitando o estágio. Afinal são só 5 horas por dia e dá pra levar com a barriga, no "piloto automático", e ainda é perto de casa. E a convivência com minha mãe ficaria bem melhor e eu poderia ao menos relaxar nos fins de semana.
Enfim, esse não era o ponto principal do post, me alonguei demais nessa merda de assunto de estágio. A verdade é que eu cansei dessa porra toda. Não aguento mais gente se achando relevante, sem a mínima vergonha de sair dando opiniões por aí, mesmo que seja uma burrice foda.
Eu quase nunca falo esse tipo de coisa na vida real. Primeiro porque eu tenho preguiça de discutir qualquer coisa e não gosto de sair dando opinião pra gente imbecil. Segundo porque a maior parte da população é medíocre e esse meu pensamento acaba ofendendo justamente essa parcela (não porque minha ideia é ofensiva, e sim porque as pessoas não se consideram medíocres e ficam ofendidinhas). Nas raras vezes que eu tenho uma conversa sobre esse tema, as pessoas variam entre dois tipos de respostas:
1) Os "jênios" que usam a agressividade pra demonstrar suas brilhantes conclusões. Esses me dão muita raiva, pois deixam subentendido que eles são muito inteligentes e astutos ao concluir coisas óbvias, dignas de uma criança de 5 anos. Parece que o desgraçado quer uma medalha por ter pensado algo tão brilhante como "Dãã então por que você não se mata?" "Isso é papo de covarde hahaha". Quero ver falar hahaha quando eu te enterrar vivo, seu merda. Pare de ser irônico, bichona. Cometer suicídio envolve coisas complexas demais pro seu cérebro simplório de bonobo medíocre compreender. Ao dizer que "é coisa de covarde" você só prova que é tão burro e vazio quanto parece. Cogitar o suicídio e encarar a realidade como ela realmente é e agir a partir disso não é ser covarde, muito pelo contrário. Covarde é quem vive como um escravo e finge que é feliz, se rodeando de ilusão. Falando de timinho de futebol, ver filminho no cineminha, baladinha, joguinho, namoradinha, "ain zente vamos ver Procurando Dori"? Cale essa matraca antes que eu perca a paciência.
Eu perdendo a vontade de viver ao ouvir gente burra argumentando
Minhas aulas voltam no dia 01 de Agosto, e o estágio deve começar em Agosto também. Enquanto a rotina infernal não volta, estou passando os dias deitado sem fazer nada, aproveitando o máximo que posso antes de ser começar a ser explorado novamente. Vou tentar postar com mais frequência aqui no blog.
Até a próxima :-)
domingo, 3 de julho de 2016
REFLEXÃO SOBRE A TEMPORALIDADE DAS COISAS.
Um conhecido foi assassinado ontem por um animal bostileiro aleatório. O cara chegou de bicicleta pra assaltar e deu um tiro no peito desse conhecido logo após roubar a carteira dele. Esse cara não era meu amigo, não era meu conterrâneo, e eu nem tinha sequer falado com ele alguma vez na vida. Era amigo de amigo, conhecido de facebook.
Mesmo não tendo sentimento algum por ele, essas coisas fazem a gente parar pra pensar no quanto as coisas são líquidas e acabam num instante. A única realidade a qual fomos apresentados - e a maioria das pessoas se apega muito à essa realidade, sem considerar que vai acabar logo logo - pode acabar com o movimento do dedo indicador de um sub-humano com QI comparável ao de um orangotango. Esse pensamento (de que tudo vai acabar logo logo e nada deve ser levado tão a sério) deveria ser o padrão, mas não é. Aliás, nós fazemos exatamente o contrário: vivemos e ensinamos os mais novos a viver IGNORANDO esse fato, como se todos esforços insanos que fazemos fossem valer a pena algum dia.
Isso não me deixou triste nem revoltado; só reflexivo. Reconhecer a real natureza da vida (morte e esquecimento) te deixa num estado meio zumbi, sem a capacidade de sentir revolta ou felicidade com qualquer outra coisa.
O que aconteceu com ele foi só uma versão exagerada e precoce do que vai acontecer com todas as pessoas que estão vivas ou que ainda vão nascer algum dia.
É por essas e outras que eu não consigo levar nada muito a sério. Não há sentido. Só existe um incompreensível e vasto emaranhado de átomos se comportando de maneiras diferentes. É tudo matéria e energia sendo jogada de um lado pro outro por forças cuja origem nós não entendemos (apesar de darmos nomes e tentarmos explicar sua forma de agir).
E mesmo assim, ao ligar a TV ou algum portal grande de internet, somos bombardeados com histórias de prodígios que passam em 200 faculdades diferentes com nota máxima. O que passa na cabeça desses caras que abrem mão da juventude para enfiarem a cara em livros, transformarem a si mesmos em robôs repetidores de teorias, pra depois passarem 40 anos ENFIADOS em escritórios repetindo a mesma tarefa, dia após dia, ano após ano. Está certo que temos que comer e ter um teto pra morar, mas aí já é demais. Pra que isso tudo? Pra se aposentar com 65 anos e ir ''curtir a vida'' em algum lugar turístico clichê?? Prefiro viver na inércia e na mediocridade, do jeito menos doloroso possível, esperando o tão esperado dia chegar.
Aproveito para citar um trecho do excelente livro "A Religião Proibida", que vem a calhar nessa situação.
"Este mundo não é bom, sem dúvida alguma. Os animais tem que digladiar entre si, destroçarem-se, para poder comer e sobreviver. Os seres humanos necessitam enganar uns aos outros em todas as ordens da vida, para superarem-se, para competir, para sobreviver melhor. Os animais herbívoros necessitam destroçar plantas, que são seres vivos também. Tudo se autodestrói e destrói aos demais constantemente. E existem aqueles que chamam isto de “perfeição” ou “equilíbrio perfeito”. Incrível. Isto é o inferno. Não é um sistema perfeito e muito menos, bom. É um sistema em que cada um deve destruir ao outro para poder sobreviver. Este é o sistema criado, este é o mundo criado por um “ser superior”: o deus criador ou demiurgo."
Post pequeno contando um caso recente, só pra tirar as teias de aranha do blog. Eu sei que foi um fracasso e uma péssima ideia ter criado isso, mas daqui pra frente vou tentar postar com mais frequência. Direto eu tenho alguma ideia pra postar aqui mas minha preguiça me consome, sem falar no pensamento de que meu post inútil não vai mudar nada. Mas é isso aí caras.
Até mais =)
Mesmo não tendo sentimento algum por ele, essas coisas fazem a gente parar pra pensar no quanto as coisas são líquidas e acabam num instante. A única realidade a qual fomos apresentados - e a maioria das pessoas se apega muito à essa realidade, sem considerar que vai acabar logo logo - pode acabar com o movimento do dedo indicador de um sub-humano com QI comparável ao de um orangotango. Esse pensamento (de que tudo vai acabar logo logo e nada deve ser levado tão a sério) deveria ser o padrão, mas não é. Aliás, nós fazemos exatamente o contrário: vivemos e ensinamos os mais novos a viver IGNORANDO esse fato, como se todos esforços insanos que fazemos fossem valer a pena algum dia.
Isso não me deixou triste nem revoltado; só reflexivo. Reconhecer a real natureza da vida (morte e esquecimento) te deixa num estado meio zumbi, sem a capacidade de sentir revolta ou felicidade com qualquer outra coisa.
O que aconteceu com ele foi só uma versão exagerada e precoce do que vai acontecer com todas as pessoas que estão vivas ou que ainda vão nascer algum dia.
É por essas e outras que eu não consigo levar nada muito a sério. Não há sentido. Só existe um incompreensível e vasto emaranhado de átomos se comportando de maneiras diferentes. É tudo matéria e energia sendo jogada de um lado pro outro por forças cuja origem nós não entendemos (apesar de darmos nomes e tentarmos explicar sua forma de agir).
E mesmo assim, ao ligar a TV ou algum portal grande de internet, somos bombardeados com histórias de prodígios que passam em 200 faculdades diferentes com nota máxima. O que passa na cabeça desses caras que abrem mão da juventude para enfiarem a cara em livros, transformarem a si mesmos em robôs repetidores de teorias, pra depois passarem 40 anos ENFIADOS em escritórios repetindo a mesma tarefa, dia após dia, ano após ano. Está certo que temos que comer e ter um teto pra morar, mas aí já é demais. Pra que isso tudo? Pra se aposentar com 65 anos e ir ''curtir a vida'' em algum lugar turístico clichê?? Prefiro viver na inércia e na mediocridade, do jeito menos doloroso possível, esperando o tão esperado dia chegar.
Aproveito para citar um trecho do excelente livro "A Religião Proibida", que vem a calhar nessa situação.
"Este mundo não é bom, sem dúvida alguma. Os animais tem que digladiar entre si, destroçarem-se, para poder comer e sobreviver. Os seres humanos necessitam enganar uns aos outros em todas as ordens da vida, para superarem-se, para competir, para sobreviver melhor. Os animais herbívoros necessitam destroçar plantas, que são seres vivos também. Tudo se autodestrói e destrói aos demais constantemente. E existem aqueles que chamam isto de “perfeição” ou “equilíbrio perfeito”. Incrível. Isto é o inferno. Não é um sistema perfeito e muito menos, bom. É um sistema em que cada um deve destruir ao outro para poder sobreviver. Este é o sistema criado, este é o mundo criado por um “ser superior”: o deus criador ou demiurgo."
Post pequeno contando um caso recente, só pra tirar as teias de aranha do blog. Eu sei que foi um fracasso e uma péssima ideia ter criado isso, mas daqui pra frente vou tentar postar com mais frequência. Direto eu tenho alguma ideia pra postar aqui mas minha preguiça me consome, sem falar no pensamento de que meu post inútil não vai mudar nada. Mas é isso aí caras.
Até mais =)
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